O juiz da 1ª Vara da Família de Joinville, Gustavo Schwingel, não será mais o responsável pela conclusão do processo de divórcio litigioso sobre qual o magistrado teve conversa vazada com sua assessora na última semana. A decisão de deixar o processo foi tomada pelo próprio juiz na sexta-feira (16). 

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No entanto, segundo o Tribunal de Justiça, ele continua exercendo a função na Comarca da cidade. Já a assessora pediu exoneração do cargo também na sexta-feira, na mesma semana em que a conversa veio à tona. O processo, por sua vez, será julgado por um substituto legal, conforme Comarca.

Tudo começou dez dias antes, quando o advogado responsável pelo caso de pedido de divórcio litigioso, percebeu a troca de mensagens publicada na sentença. O advogado representa a mulher que passa pela separação.

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Na sentença, aparece a transcrição de uma conversa entre o juiz e sua assessora a respeito do casal e do pedido de divórcio. Entre as mensagens trocadas entre eles, o juiz faz comentários ofensivos. Em determinado momento, ele diz “É a vida. Não foi espancada. Não foi estuprada. Não foi morta. Não foi esfaqueada” ao comentar o pedido por danos morais e materiais que a mulher alega ter sofrido. A isso, recebe risos como resposta da assessora.

Em nota divulgada à imprensa, o presidente da Seccional do Estado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Rafael Horn, afirma que o ocorrido representa uma ofensa a todos os jurisdicionados e à advocacia, principalmente pela ausência de uma desculpa pública após o magistrado estar ciente do equívoco cometido.

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