Se “cão de guarda” é a forma como é chamado no futebol o jogador encarregado de proteger a defesa da equipe, é possível dizer que o Avaí tem um leão de guarda. O apelido cabe bem em Judson, o homem que dá proteção à zaga e tem identificação imensa com o clube. Conquistou a condição no decorrer de 121 jogos com a camisa azurra, em que emprega dedicação e raça como poucos.
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Natural de Ares, no interior do Rio Grande do Norte, deixou o América, um dos grandes times do Estado, para chegar em Florianópolis e se transformar no protetor do time. Como não poderia deixar de ser, Judson começou despercebido em 2016 e hoje toma conta do miolo azurra. Virou homem de confiança dos companheiros e do torcedor. Aflorou sentimentos e gerou identificação mútua entre o clube e ele.
– Tem gratidão, amor, carinho… Muitos sentimentos. Graças ao Avaí tenho conquistado várias coisas, sejam elas emocionais ou materiais. Estou em um clube que me permite dar boas condições para as minhas filhas. Meus pais já vieram do Rio Grande do Norte e viram o filho deles sendo feliz, vivendo momentos marcantes da carreira. Sair de uma cidade de 15 mil habitantes e chegar em um clube como o Avaí e conquistar mais de 100 jogos é muito gratificante. Pode ser que eu saia um dia, mas ele (Avaí) jamais sairá do meu coração – declara-se.
Judson jamais havia deixado o Rio Grande do Norte por causa da profissão. Cruzou o País com esposa e duas filhas – a mais nova, Samira, de três anos, é fanática pelo Avaí – para defender o time azul e branco e virar em campo a representação do torcedor no gramado. Já viveu momentos que jamais havia sonhado.
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– Aconteceram coisas na minha vida por meio do Avaí que eu realmente não esperava. Joguei uma Série A, no ano passado. Dois anos antes, ainda no América-RN, nem nos melhores sonhos imaginaria que dois anos depois jogaria na elite.
Depois da Copa do Mundo da Rússia, Judson ganhou o apelido de Kanté da Ressacada, por alguma semelhança física e o vigor para correr por todos lados do campo como o francês campeão mundial que joga no Chelsea, da Inglaterra. É com essa disposição que se desdobra dentro de campo para contribuir para que o Avaí alcance uma das quatro vagas na elite do futebol nacional. Não apenas para cumprir com o principal objetivo do clube na temporada. Ele sentiu o gosto de disputar a primeira divisão nacional e quer repetir a dose.
—É um campeonato diferente. Você enfrenta grandes clubes do cenário brasileiro, contra grandes jogadores. Tem jogadores de alta qualidade na Série B, mas na A são caras acima da média. Espero poder matar a saudade já no próximo ano, e com o Avaí. O plano é dar a alegria da conquista do acesso ao torcedor mais uma vez e para fechar o ano com chave de ouro.
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Números de Judson na temporada 2018
43 jogos
2 gols
3.646 minutos em campo
23 vitórias
10 empates
10 derrotas
Confira a tabela da Série B do Brasileiro
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