Foi de tênis e calças coloridas, camisa e smoking que o irreverente artista joinvilense Juarez Machado recebeu o público na Cidadela Cultural Antarctica na noite desta segunda-feira.
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Após 20 anos sem expor trabalhos em Joinville, a mostra Soixante Dix _ La Fête, que significa Setenta Anos _ A Festa, traz para a cidade natal de Juarez um relato da trajetória do artista em obras produzidas em 2011 e que já foram expostas em Paris e Florianópolis.
Apesar de confessar estar receoso com a reação do público, Juarez foi muito bem prestigiado pela classe artística, por amigos e autoridades na noite de abertura da exposição.
– Bateu em mim uma sensação muito estranha. Será que as pessoas vão gostar? Esse cara ficou 50 anos viajando pelo mundo fazendo mil coisas e agora volta com essas porcarias, eu quero ser aceito e que aprovem – comentou, com muito bom humor.
Os ateliês de Juarez, como o de Curitiba, Rio de Janeiro e Paris, são apresentados por meio de fotografias. Os lugares onde esteve e os trabalhos que desenvolveu fazem parte desta cronologia, além de estar em evidência nas obras.
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Uma reprodução do espaço em que Juarez costuma trabalhar e um vídeo no qual ele aparece interagindo com o público também fazem parte da mostra.
Entre as pessoas que prestigiaram a abertura do evento estava a joinvilense Maria Conceição Ostoska, 66 anos. Ela foi aluna de Juarez por algum tempo na escola de artes da Casa da Cultura e ficou feliz em prestigiar o trabalho do ex-professor.
– Ele ainda não era famoso na época. Mas já era bem escrachado. É maravilhosa a obra dele – destacou a ex-aluna.