A polícia investiga as mortes de dois jovens dentro de um carro, em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira (1º). A suspeita é de intoxicação por gás do escapamento do veículo, em circunstâncias semelhantes ao caso ocorrido em Balneário Camboriú, Santa Catarina, após o Réveillon deste ano. As informações são do g1.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
Segundo a Polícia Militar, o jovens mortos no Rio de Janeiro foram identificados como Júlia Santos de Oliveira, de 17 anos, e João Pedro Ramos das Neves, de 20, e não apresentavam nenhum sinal de violência. O carro estava com os vidros fechados e o ar-condicionado ligado.
Júlia tinha saído de casa na segunda-feira (1º) de manhã para ir à escola e não deu mais notícias. A Polícia Civil informou que as diligências estão em andamento para esclarecer o que de fato ocorreu.
O laudo da causa da morte dos jovens ainda não saiu, mas a suspeita é que as vítimas tenham morrido por uma intoxicação por monóxido de carbono, que é um dos gases eliminados pelos escapamentos de carros que funcionam com gasolina, diesel ou álcool. Essa substância não tem cheiro ou cor e pode causar asfixia.
Continua depois da publicidade
Relembre o caso em Balneário Camboriú
Um caso parecido ocorreu em Santa Catarina, na virada do ano. Quatro jovens morreram dentro de uma BMW, na rodoviária de Balneário Camboriú, intoxicados por monóxido de carbono. O gás vazou para dentro do carro por um cano que tinha sido modificado para intensificar o barulho do motor.
As vítimas foram Gustavo Elias, 24 anos, Tiago Ribeiro, 21, Karla Aparecida dos Santos, 19, e Nícolas Kowaleski, 16. De acordo com a perita criminal bioquímica Bruna de Souza Boff, a saturação de monóxido de carbono em três das vítimas estava acima de 50% e de uma entre 49% e 50%, o que causou a morte lenta do grupo de amigos.
Isso teria sido provocado por conta de ao menos quatro modificações feitas na BMW onde estavam os jovens — como a troca do catalisador e escapamento sem passar por abafadores. Isso fez com que o gás tóxico fosse mandado para dentro do veículo que, completamente fechado e com o ar-condicionado ligado, intoxicou Gustavo, Tiago, Karla e Nícolas.
Continua depois da publicidade
A perícia identificou um total de 1.000 ppm de monóxido de carbono próximo ao ponto de ruptura do motor onde foi feita a modificação da BMW — índice que pode provocar a morte em até duas horas. Isso criou, segundo a Polícia Científica, uma “atmosfera tóxica dentro do veículo”. Essa situação foi potencializada, pelo fato de que o carro estava completamente parado, o que fez com que não houvesse nenhuma circulação de ar.
Leia também
Adolescente que teria esfaqueado colega em escola de Palhoça é internado provisoriamente