Após oito dias desaparecidas da família, Juliane Dagostini, de 13 anos, e Jamile Pires, 14, foram encontradas por policiais da Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas de Santa Catarina (DPPD-SC) e da Diretoria Especial de Investigações Criminais. As jovens estavam em uma casa, num beco na região de Areias, no Campeche, em Florianópolis, abrigadas por um rapaz com identidade não revelada pela Polícia Civil.

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– Recebemos muitas informações ao longo da semana, e com a ajuda da comunidade conseguimos localizá-las a salvo – disse o delegado da DPPD, Wanderley Redondo.

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Saindo da região de Potecas, em São José, as adolescentes foram vistas no Centro de Florianópolis, nos Ingleses, Canasvieiras e, por último, no Campeche, onde foram encontradas às 17h desta quarta-feira.

Levadas para a DPCAMI de São José, as duas deram um depoimento vago sobre o deslocamento pela Grande Florianópolis, sem afirmar, por exemplo, como iam de uma região a outra, como se alimentavam ou dormiam.

– Afirmaram que não passaram fome ou frio, e dormiam sempre em casa de pessoas que se solidarizavam com elas. Mas ainda não está claro como – disse o delegado.

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O pai de Jamile, Josnir Pires, acompanhado da madrasta e da mãe de Juliane, Suzana Campos, chegaram à DP ainda no final da tarde. Conselheiros tutelares tiveram que acompanhar o procedimento, já que as duas manifestaram em depoimento ao delegado que não gostariam de voltar para casa.

– Nenhuma queria regressar ao lar, mas no fim concordaram – contou Wanderley, que descarta que tenha havido maus tratos antes da fuga.

A hipótese da Polícia, baseado nos relatos de familiares e das próprias jovens, é que as adolescentes teriam fugido de casa, em um “impulso juvenil por independência”.

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Alívio mesmo de longe

Juliane Passos, mãe de Jamile, passou a semana ao lado do telefone em sua residência em Chapecó. Sem poder vir para Florianópolis, a mãe da jovem de 14 anos imaginou o pior desde o desaparecimento da filha.

– Imaginava as duas perdidas em Florianópolis, que é uma cidade tão grande – disse a mãe pouco depois de saber do paradeiro da filha.

A guarda de Jamile está com o pai, Josnir Pires, que é pintor na Grande Florianópolis. Ele não quis se manifestar na noite desta quarta-feira, mas agradeceu a ajuda de quem forneceu informações à Polícia Civil, o que foi fundamental para que ambas fossem encontradas.

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Juliane falou com a filha no início da noite, por telefone, mas não conseguiu ter muitas informações sobre a aventura.

– Ela disse que estava bem. É um alívio – comentou ela, que pretende vir à Capital para resolver a questão com o pai da jovem.

A família de Juliane não foi encontrada para se manifestar sobre o ocorrido.

Em caso de desaparecimento, a Polícia Civil pode ser acionada através do 181 ou pelo telefone da DPPD, 3665-5595.

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