Jovens querem carros mais esportivos e com acessórios na Capital

O carro pode até ser básico, mas, na hora de comprar um novo, os jovens querem fugir dos modelos tradicionais. Em geral, optam pelas versões esportivas nem que seja por conta dos acessórios. Se o salário não é tão alto, a geração “Y”, como também é conhecida, ainda tem uma escolha a fazer: equipar o veículo com ar-condicionado ou direção hidráulica?

Há ainda a possibilidade de ganhar um veículo dos pais. Neste caso, o choro de filho contribui para a inclusão de um kit de som, com entrada USB e Bluetooth, que é capaz de conectar os dispositivos móveis que possuem – itens que as concessionárias já analisam como indispensáveis para os clientes mais novos.

Jair de Souza Nonnemacher, diretor comercial da Santa Fé Veículos, concessionária Chevrolet em Florianópolis, conta que a faixa etária entre 18 e 34 anos é responsável por 15% das vendas na loja. Segundo ele, quando os futuros donos do carro são jovens, sem experiência anterior de crédito para o financiamento do carro, os pais é que assumem as prestações. Mas isso não tira a responsabilidade do presenteado.

– Eles vêm com os filhos até a concessionária e fazem um investimento. Dão a entrada, mas comprometem o filho com algumas parcelas do financiamento – diz.

Presente de formatura

superou expectativas

Sorte de Kátia Tondorf, 23 anos, que teve o carro novo pago pelo seu pai. Há menos de um mês, a filha única se formou pela Universidade Federal de Santa Catarina e, no dia da colação de grau, viu do alto de um guincho o seu presente: um Cruze hatch branco enfeitado com um laço vermelho. Ela atribui a iniciativa do pai ao fato de ter passado em uma universidade federal e que, desde aquela época, trabalhava no restaurante da família.

– Sempre quis esse carro, mas na época da graduação meu pai não tinha condições financeiras pra me dar – lembra.

A preferência de Kátia pelos carros esportivos reflete o gosto de sua geração. Ela sonhava com um modelo hatch, quando o modelo nem era visto em Florianópolis. O modelo sedan, que desfilava pelo município, era “carro de senhor”.

A opinião é compartilhada pela corretora de imóveis Juliana Silveira, 31, que comprou, no mês passado, um Polo hatch, por ser um “modelo menor e não tão popular como um Gol, Palio ou Corsa.”

– O primordial para mim é a direção hidráulica e motor 1.6. Os acessórios opcionais vieram de brinde – ressalta.