O que duas garotas da mesma idade, 14 anos, podem ter em comum? Ambas vivem em instituições de acolhimento em municípios da Serra catarinense. Elas não se conheciam e se encontraram em uma oficina socioeducativa promovida para os participantes dos Novos Caminhos, programa que foi fundado em 2013, através de uma parceria entre o Poder Judiciário catarinense, a Associação dos Magistrados Catarinenses e a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina.

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As duas meninas da nossa história, uma extrovertida, e a outra ainda tímida, possuem também um desejo em comum: o de ter a primeira oportunidade de trabalho para dar início a realização dos sonhos de ser médica e professora de dança. Por esse motivo, participar da oficina socioeducativa é tão importante, pois através dela se desenvolve habilidades, conhecimento e atitudes dos jovens, de forma a apoiar seu acesso ao mundo do trabalho.

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— Nesta oficina oferecida pelo Centro de Integração Empresa Escola de Santa Catarina (CIEE), além de muito aprendizado, o grupo foi orientado a como elaborar um currículo atrativo — explica a assistente social Bárbara Varela.

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Bárbara ainda conta que as oficinas são ferramentas importantes para o desenvolvimento da juventude, apoio na construção de projetos de vida, perspectivas de retomada da escola, elevação de escolaridade e quebra de ciclos de pobreza.

— Estes encontros compõem as estratégias da socioaprendizagem de fortalecer o atendimento da juventude no território a fim de ampliar o acesso ao primeiro emprego — completou.

E é exatamente isto que as duas garotas do início da nossa história, e todos os demais, buscam, uma oportunidade de colocação no mercado de trabalho. Para isso, as duas aproveitam as chances de qualificação que são oferecidas.

— Já participei de alguns cursos. Neste momento, faço um de informática. Me considero dedicada, quero ser independente, comprar minhas coisas e me tornar professora de dança — conta a mais comunicativa.

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A timidez da outra jovem aos poucos vai embora.

— Neste encontro já estou conversando com vários colegas — contou empolgada.

Em seguida, acrescentou que já fez outros cursos, entre eles de informática e maquiagem. Guarda os certificados de todos e o sentimento de ainda não ter conquistado algo tão importante para ela.

— Meus colegas do abrigo já estão trabalhando. Eu choro por não ter tido essa chance, mas tenho muita esperança — conta.

Com os ouvidos e olhos atentos, anotaram tudo o que foi dito durante a oficina. Cada orientação e dicas do que ter no currículo e como se portar numa possível entrevista foi absorvida por elas.

— Muita coisa eu não fazia ideia. A partir de agora meu currículo ficará muito melhor — garantiram.

As empresas podem apoiar esta iniciativa ao abrir suas portas para oportunidades de estágio e aprendizagem. Para saber mais sobre como essa conexão pode ocorrer, basta entrar em contato com uma das 18 unidades do CIEE em Santa Catarina. Em Lages, o telefone para contato é o (49) 3224-2686.

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Veja fotos das oficinas

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