As duas manifestantes presas durante o protesto em Florianópolis na noite de segunda-feira foram liberadas após audiência de custódia no Fórum da Capital. Larissa Neves Ferreira, 20 anos, e Vanessa Michelli Canei, 27 anos, foram presas em flagrante por depredação do patrimônio público e desacato à autoridade. Um terceiro manifestante, Luiz Gabriel Rosa Machado, 27 anos, foi preso em flagrante mas pagou fiança e foi liberado.
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No entendimento do juiz Renato Guilherme Gomes Cunha, não houve a necessidade de converter a prisão em flagrante em preventiva, portanto concedeu a liberdade provisória às duas investigadas. Elas são acusadas de atear fogo em cones de sinalização, resistir à prisão em flagrante e desacatar os policiais.
Larissa e Vanessa deverão cumprir medidas cautelares dar satisfações à Justiça uma vez por mês, não se ausentar da comarca por mais de 8 dias sem aviso prévio, permanecer fora de casa entre as 22h e as 5h e frequentar bares e festas.
Durante a audiência, as duas jovens negaram os crimes de que são acusadas e afirmaram que os policiais foram truculentos. A mais nova, Larissa Ferreira, diz que levou um soco no rosto e teve as roupas arrancadas. Elas fizeram exames no Instituto Geral de Perícias para comprovar as agressões da PM. A advogada de defesa Daniela Félix afirma que há provas documentais de que elas não cometeram os crimes:
— Na minha visão, acho que o flagrante foi extremamente forçado, para não dizer forjado. Elas foram autuadas por dano ao patrimônio público por colocar fogo em um cone. Só foram dois cones apreendidos. E desacato e resistência. Temos provas de que esses crimes não ocorreram, gravações, vários depoimentos, um arquivo fotográfico vasto, uma série de procedimentos para fazer a defesa delas, que são, de fato, inocentes — disse a advogada.
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Agora a investigação depende do Ministério Público de Santa Catarina analisar o inquérito e as provas e decidir por fazer a denúncia ou arquivar o caso. Enquanto isso, elas respondem em liberdade.
Protesto na Capital tem confronto entre manifestantes e PM