A quebrada desceu para o asfalto. Cerca de 200 pessoas se encontraram no Centro de Florianópolis no final da tarde desta segunda-feira (20), Dia da Consciência Negra, para a Marcha das Periferias. Batalhas de rap, rodas de capoeira, performances afro e debates sobre o movimento negro tomaram conta da Praça XV.
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O protesto cultural é organizado por entidades quilombolas de luta pelos direitos da população negra. Foram disponibilizados três ônibus gratuitos, que saíram de Biguaçu, São José e da Armação, no Sul da Ilha. Por volta das 18h, os participantes marcharam por ruas do centro e depois se concentraram na praça. Um dos organizadores do evento, o rapper Daniel “Dekilograma”, discursou no carro de som sobre o genocídio da população negra no Brasil e também na Capital de Santa Catarina.
— Florianópolis atingiu o recorde da violência em 2017, que aumentou em 70%. E aí a culpa é da guerra do tráfico? A guerra não é do tráfico. A gente sabe, porque a notícia é entre nós: estão matando preto na periferia e enterrando em cova rasa! E isso é uma guerra de racista que, na hora da abordagem, sempre é mais truculenta com esse irmãozinho que tá aí do teu lado. Na hora da abordagem, esse preto aqui que sofre a maior agressão.
O evento segue pela noite com saraus sobre a temática do ser negro em Florianópolis e apresentações de DJs de cidades da Grande Florianópolis. A Polícia Militar acompanha o evento.
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