Em 2013, Rafael Fagundes Leite não era grande admirador da música erudita. Como ele mesmo admite, tinha até certo preconceito contra o estilo. Até que duas semanas trabalhando como voluntário do maior festival-escola das Américas trouxe o gosto pelos concertos, que hoje são acompanhados durante o festival. O que era para ser apenas uma forma de cumprir horas no projeto comunitário da Católica SC tornou-se uma pequena paixão. Neste ano, Rafael trabalha pela terceira vez consecutiva como voluntário do Festival de Música de Santa Catarina (Femusc). Assim como ele, outros jovens envolvem-se com o evento e formam a mão de obra responsável por parte significativa da produção.
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Entre os projetos pelos quais Rafael poderia ter optado para trabalhar comunitariamente, o Femusc foi o escolhido em 2013. Em 2014, ele voltou e neste ano já muda de categoria. Formado e sem precisar cumprir horas estudantis, o jovem de 22 anos retornou apenas pelo prazer.
– Conheço muita gente nova, culturas diferentes e pessoas de muitos países, além de escutar muitos idiomas.
Assim como ele, outros jovens circulam pelo evento. Clarice Ehlert, estudante de direito, será voluntária pela primeiro vez e está na expectativa. Já Stheissy Lidiane Longo da Cunha, estudante de engenharia elétrica, volta pelo segundo ano consecutivo.
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– É um orgulho participar de um festival internacional. Para quem aprecia música de qualidade, o Femusc é o lugar certo – diz.
Trabalho na linha de frente do festival
Segundo a coordenadora de ensalamento e uma das responsáveis pelos estagiários do Femusc, Lisa Jaworski, o trabalho dos estudantes é essencial. São eles que assumem as pequenas e importantes missões do dia a dia do evento – como levar estudantes até suas salas, receber o público, abrir e organizar espaços de ensaios.
– Eles nos auxiliam demais. E aqui todos entendem que as microações são tão importantes quanto as macroações e tudo se complementa – conta ela.
Divididos entre diversos setores, os estudantes não atuam apenas em suas áreas específicas. Como indica Lisa, eles são a linha de frente do festival, já que trabalham diretamente com público e estudantes, enquanto o restante dos organizadores foca nos bastidores. Por essa característica, os jovens têm de dobrar a função e servir como guias da cidade – afinal, é para eles que são pedidas informações sobre pontos turísticos, restaurantes, a própria Jaraguá do Sul e o Femusc.
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A parceria com a Católica existe há quatro anos e neste ano, segundo Lisa, 65 estudantes integram as fileiras do evento. Apesar de serem chamados de estagiários, eles não recebem dinheiro, mas apenas são contabilizadas as horas cumpridas para a faculdade.