Foram cerca de 20 horas de viagem. Iniciamos com a Santa Missa, celebrada pelo Padre Marcio na Capela da Casa São José, da Comunidade Divino Oleiro, em Governador Celso Ramos, na noite de domingo. Desde o início, tudo o mais organizado possível, com muito respeito e dedicação. Ao longo da viagem, os peregrinos foram se enturmando, conhecendo uns aos outros e descobrindo as empatias e satisfações de cada um.
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O momento ápice da viagem até agora foi a chegada do Papa Francisco ao Rio de Janeiro, na segunda-feira. Acompanhamos o momento através das mídias e redes sociais e, na parada para o jantar, pudemos assistir aos jornais de diversos canais televisivos comentando sobre a visita.
A ansiedade tomou conta e nos impulsionou para a esperança de chegarmos todos bem à cidade maravilhosa. Depois de tanto tempo juntos, dentro de um ônibus, que teve paradas críticas e ao mesmo tempo divertidas, a chegada ao Rio, na terça-feira pela manhã, foi uma verdadeira alegria. Nos acomodamos rápido, tomamos banhos gelados e partilhamos as experiências vividas.
A excitação de estar participando da Jornada Mundial da Juventude amenizou qualquer dor ou sacrifício rapidamente. No primeiro dia, muitos foram os desafios. Horas e horas foram dispensadas para pegarmos o Kit Peregrino, uma mochila entregue aos participantes inscritos com boné, livros de ajuda para localização e outros materiais importantes como ticket de alimentação, vale transporte e etc.
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Foram mais de 10 horas em uma fila que parecia interminável. Durante toda essa espera, é evidente que o momento também foi de partilha. Com tantos outros ali ao redor: irmãs de congregações longínquas, católicos de todas as partes do mundo e a emoção de estarmos todos ali, unidos por um só propósito, aumentou ainda mais nossas expectativas para a JMJ 2013.
No fim da tarde, seguimos para a Praia de Copacabana, onde ocorreu a Santa Missa de acolhida com o Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de São Sebastiao do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta. Apesar de alguns contratempos, como uma falha no funcionamento dos metrôs e a falta de ônibus para acolherem toda a demanda de peregrinos, chegamos em cima da hora para participar da acolhida.
A mensagem foi revigorante e emocionante. As palavras de D. Orani e cardeais representantes do Vaticano encheram nossos corações e nossas almas de alegria e amor, pela Santa Igreja, pelo Papa e por Cristo Jesus. Poder participar da Santa Missa e ainda comungar, algo até então inesperado, devido as condições de tempo e o grande volume de pessoas, foi novamente uma prova da imensa misericórdia e infinito amor de Deus.
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A volta para casa, mais conturbada ainda, trouxe grandes recordações, como a lamentável perda de um membro do nosso grupo, e a furtiva “achada” do mesmo dentro de um ônibus.
Em tudo fizemos graça das desgraças. Durante a quarta-feira fomos conhecer as estruturas da Cidade da Fé, montada no RioCentro especialmente para a JMJ. Um grande momento de união e inculturaçao emocionante. A todo momento, centrais ou não, um novo sopro de encorajamento para seguir a missão.
A Jornada Mundial da Juventude não é um momento de simples passeios ou turismo qualquer: é a semana em que vivemos a nossa fé de forma intensa, para então sair e evangelizar. A transformação na vida de cada um ocorre aos poucos. Quinta-feira, tivemos o tão esperado encontro com Francisco, o nosso Papa.
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A todo momento e com gritos de paixão, como proclamar que somos a juventude do Papa. O fazemos porque somos parte de algo muito maior que a JMJ. Os momentos aqui experimentados servirão de gás para as dificuldades que encontraremos ao término desta abençoada semana.
Sabemos que os desafios do ser católico no mundo de hoje não são simples, mas em tudo precisamos ter e viver com a mesma intensidade que aqui estamos. Só assim viveremos com a certeza missionária o que Jesus nos pede, e coincide em ser o tema desta edição da JMJ: “Ide por todo o mundo, e fazei discípulos entre todas as nações!” (Mt 28, 19).
Firmes na fé, continuamos a caminhada, glorificando ao Senhor por todas as coisas, boas ou ruins. Cristo nos espera para um encontro maior que qualquer dificuldade encontrada durante o caminho. Os dias passarão, mas as marcas ficarão até o final, nos corações de cada peregrino, e também no coração da Igreja. Afinal, fomos aqui chamados para então sermos enviados a evangelizar.
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