A jovem acusada de matar e enterrar o filho no quintal de casa em Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina, irá a júri popular. A decisão ocorreu na quinta-feira (5) após o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) julgar um recurso apresentado pela defesa da ré.
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O crime ocorreu em agosto de 2020. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a mulher matou a criança logo após o parto, que ocorreu na casa dela.
Depois do nascimento, ela teria deixado a criança no piso do banheiro, o que causou a morte. Ainda segundo a investigação, ela teria colocado o corpo em um saco plástico, escavado um buraco e enterrado o bebê nos fundos da casa.
Na decisão, a relatora da ação, desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, alegou que a confissão da acusada e a conclusão dos laudos periciais sobre a morte da criança são suficientes para definir o julgamento pelo Tribunal.
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O TJ também negou o pedido de absolvição sumária da ré, impetrado pela defesa. De acordo com a desembargadora, “instituto da absolvição sumária somente pode ser utilizado na primeira fase do procedimento especial do Tribunal do Júri quando existir provas que demonstrem nitidamente uma das situações previstas em seu dispositivo legal”.
Ainda não há data de quando ocorrerá o julgamento do caso.
Relembre
O crime foi descoberto após a jovem dar entrada no hospital em 30 de agosto. Uma enfermeira, que tinha a atendido na semana anterior, confirmou à polícia que ela estava gráviada de mais de 30 semanas.
No hospital, a mulher disse que tinha sentido dor e tido sangramento, onde pedaços do feto saíram e que ela colocou no lixo. A Polícia Militar não acreditou na versão e foi até a casa onde ela morava, no bairro Vila Nova.
Em conversa com um vizinho, ele informou que a mulher tinha pedido uma pá emprestada, pois queria construir um canteiro de flores. Segundo a PM, ela pediu um favor ao homem, para que fosse até a farmácia compar absorvente, e quando ele retornou o canteiro estava pronto. Outra vizinha relatou aos policiais que achou ter ouvido o choro de uma criança, vindo do banheiro da casa.
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Os policiais começaram a remexer no local onde foi construído o canteiro, e em seguida encontraram o corpo do bebê, dentro de uma sacola plástica.
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