Após se tornar o mais jovem campeão individual da história dos Jogos Pan-Americanos em Toronto 2015, Hugo Calderano também foi o primeiro brasileiro a ser finalista do prêmio de Revelação do Ano, entregue pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF).

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O mesatenista de 19 anos, infelizmente, não conquistou a honraria – que acabou ficando com a japonesa Mima Ito, de 15 anos -, mas teve em 2015 sua melhor temporada ao se classificar para os Jogos Olímpicos Rio 2016. O Brasil ainda tem mais uma vaga em aberto no masculino. O país poderá ter, no máximo, dois representantes.

Gustavo Tsuboi (E), Thiago Monteiro (C) e Hugo Calderano (D), durante o Pan.

Imagem: Saulo Cruz/COB

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Considerado uma das grandes revelações da modalidade, após levar o bronze individual nos Jogos Olímpicos da Juventude 2014, na China, o carioca é o único brasileiro a garantir vaga olímpica, até o momento. Mas pondera a ansiedade e ressalta que está longe de ser favorito na competição.

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– Eu sei que não sou um dos favoritos. Os chineses normalmente são os favoritos a medalha – declarou em entrevista a ZH.

Morando e defendendo o Liebherr Ochsenhausen na Liga Alemã, a mais importante da Europa, Calderano falou com a reportagem, projetou a temporada 2016 e falou de sua preparação para a Olimpíada.

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Você já parou para pensar que é o primeiro mesatenista não chinês campeão no Pan em 20 anos? O que isso significa pra você?

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Eu fiquei sabendo disso depois da vitória e achei interessante. Na verdade, o fato de ter me tornado campeão pan-americano na minha primeira participação e ter me classificado para a Rio 2016 representam bem mais do que ser o primeiro não chinês depois de 20 anos.

Você fará alguma preparação especial para os Jogos Olímpicos? Se sim, qual?

Sim. A partir do momento em que me classifiquei, meu técnico, Jean-René Mounie, pode fazer todo o planejamento de 2015 e 2016 focando nos Jogos.

Apesar da pouco idade, você é considerado um exemplo para muitos que estão começando na modalidade. Em quem você se espelha no esporte?

Eu acho o Federer um exemplo de atleta, dentro e fora da quadra.

Você mora, joga e treina na Alemanha. Sair do Brasil te ajudou a desenvolver seu jogo?

Certamente me ajudou muito. Eu treino em um dos melhores centros de treinamento de tênis de mesa da Europa, com ótimos companheiros de treino e uma equipe técnica muito competente. Além disso, jogando a primeira divisão da Liga Alemã, enfrento alguns dos melhores jogadores do mundo. Isso tudo está sendo muito importante para o desenvolvimento do meu jogo.

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Comparando com outros países, você acredita que o Brasil é grande favorito na Olimpíada?

Não somos favoritos. Estamos em 20º lugar no ranking de equipes. Mas estamos nos preparando para fazer uma ótima competição e surpreender.

Na sua opinião, o que falta para o Brasil ser uma potência no tênis de mesa?

Falta mais investimento na base. Desde que o Rio foi escolhido como sede dos Jogos, os atletas da seleção têm tido bastante estrutura para trabalhar e se desenvolver. A única maneira de manter e aumentar esse desenvolvimento é investir nas categorias de base e acompanhar esses atletas.

O que a torcida pode esperar do Hugo Calderano nos Jogos Olímpicos Rio 2016?

Vou fazer a melhor preparação possível para chegar aos Jogos no meu melhor nível. O resultado será consequência da minha preparação. Jogando em casa, com o apoio da torcida, a equipe de tênis de mesa, apesar de não ser favorita à medalha, pode surpreender.

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*ZHESPORTES