A Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Joinville recebeu no início da semana passada a informação de que uma jovem teria sido chantageada por um motorista do serviço de transporte Uber. Segundo a delegada Geórgia Marrianny Gonçalves Bastos, a jovem relatou que perdeu o celular no domingo (12) à noite, durante uma corrida. Ela registrou um boletim de ocorrência pela perda do aparelho.
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Já no dia seguinte, a vítima observou que alguém estava conversando com seus contatos por meio dos aplicativos do smartphone. A jovem diz que foi chantageada quando pediu que a pessoa que usava suas redes devolvesse o aparelho. A exigência era de que a moça enviasse fotos suas nua para o celular que seria do motorista durante 30 dias. A jovem então voltou para a DPCAMI e registrou um novo BO.
Após investigação da Polícia Civil, foi identificado o motorista e localizado com ele o celular da vítima. Ele foi conduzido à Central de Polícia, onde prestou depoimento sobre o ocorrido e foi liberado.
– Ele foi conduzido apenas para prestar depoimento. O crime de constrangimento ilegal não permite prisão em flagrante – comentou.
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Em depoimento, o suspeito alegou que o seu veículo foi utilizado por um colega no dia do ocorrido e teria sido ele que fez a chantagem e utilizado o aparelho da jovem.
– O investigado declarou que emprestou o carro para um amigo. O celular estaria guardado dentro do porta-luvas, esperando para ser entregue à garota. Segundo o suspeito, este outro homem é que teria coagido a jovem. A esposa do primeiro suspeito alegou em depoimento a mesma situação – completa.
De acordo com a delegada, o homem ainda teria dito que o amigo não tinha cadastro no Uber, mas também fazia algumas corridas com o seu carro. Este segundo investigado já foi intimado a comparecer para prestar depoimento à Polícia Civil, o que deve ocorrer na próxima semana.
O que diz o Uber
Em nota, a empresa Uber afirmou que “o motorista parceiro já foi suspenso até o fim das investigações. O Uber sempre colabora com as autoridades, nos termos da lei”. Sobre a situação de um terceiro utilizar o aplicativo sem ser cadastrado, a empresa não quis se pronunciar oficialmente até que sejam apuradas as investigações.
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