O incêndio que matou Mauriceia Estraich, 22 anos, carbonizada na madrugada do último domingo (28) em Descanso, no Oeste de Santa Catarina, foi proposital, segundo a Polícia Civil. São duas linhas de investigação, que apontam para homicídio ou feminicídio. Um homem foi preso temporariramente, suspeito pelo crime.
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À frente do caso, o delegado Cléverson Luis Müller disse em coletiva de imprensa na quarta-feira (31) que o caso intrigou os policiais porque a vítima era jovem e não tinha limitações físicas ou mentais que pudessem ter dificultado a saída dela da casa quando o fogo começou.
A vítima foi encontrada morta dentro da residência em que morava com o companheiro, na manhã de domingo. O fogo teria se espalhado rapidamente na parte de madeira da casa. O cônjuge não estava. Segundo a polícia, ele dormia na casa do pai dele.
A desconfiança levou a investigação a ouvir as testemunhas no mesmo dia do incêndio. Sete pessoas prestaram depoimento. Uma única deu versão diferente às demais.
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– Havia bastante divergência no que disse [a testemunha], o que fez com que questionássemos novamente. Como essa pessoa manteve a informação, lavrei flagrante por falso testemunho – afirma Müller.
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Além disso, marcas encontradas pela perícia no corpo da jovem levam a investigação a acreditar que a vítima foi ferida antes do incêndio começar. O laudo pericial deve indicar se houve fraturas ou agressão antes de ela ser carbonizada.
– E os cachorros da vítima, que dormiam dentro de casa, estavam do lado de fora. Isso reforça a tese de que a porta foi aberta momentos antes do incêndio – acrescenta Müller.
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Na noite do crime, ainda segundo o delegado, a jovem estava sozinha em casa e o suspeito tinha essa informação. A polícia, que já descartou a autoria por parte do companheiro da jovem, não disse qual era a relação de Mauriceia com o investigado.
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