O jovem suspeito de matar a mãe e mantê-la no banheiro de casa por quatro dias será indiciado por feminicídio em Joinville. Ele foi preso na tarde da última quarta-feira (6) depois de ter sido visto transitando pelo bairro Iririú com o carro da vítima. 

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Além de feminicídio, ele será indiciado pelas qualificadoras de motivo fútil e asfixia, uma vez que estrangulou a mãe. Ainda há o agravamento pela vítima ter mais de 60 anos. 

O suspeito também responderá por furto qualificado e por abuso de confiança, após ter vendido duas televisões da residência.

> Jovem de Joinville recebeu amigos em casa após matar a mãe e escondê-la no banheiro

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De acordo com o delegado Roberto Patella Junior, o crime de latrocínio (roubo seguido de morte) foi descartado porque o suspeito teria admitido que decidiu vender os objetos após ter matado a mãe.

Corpo da vítima foi encontrado quatro dias após o crime

O corpo de Albertina Schmitz Tasca, 61 anos, foi encontrado pela filha mais velha e pelo marido no fim da manhã de quarta-feira (6). Ela estava coberta por um lençol, dentro do banheiro da residência onde morava com o filho e principal suspeito de cometer o assassinato. 

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O jovem, 20 anos, confessou o crime à polícia. Ele disse, ainda, que manteve uma rotina normal e, inclusive, recebeu amigos em casa após matar a mãe e escondê-la no banheiro. 

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Entenda o crime de feminicídio:

O feminicídio é uma circunstância qualificadora do crime de homicídio e recebe essa classificação quando há uma relação de afeto ou de parentesco entre a vítima e o agressor, ou quando o crime foi motivado por ódio ou repulsa à condição de mulher e do que é ligado ao feminino.

De acordo com a lei 13.104, sancionada em 9 de março de 2015, ao tornar-se uma modalidade de homicídio qualificado, o feminicídio passa a ser considerado um crime hediondo. 

Segundo o Código Penal Brasileiro, os crimes de homicídio qualificado são punidos com reclusão que pode variar de 12 a 30 anos. A pena do feminicídio é aumentada de um terço até a metade se o crime for praticado na presença de descendente da vítima.