O jovem americano Daniel Pierce, de 20 anos, contou aos pais, em outubro do ano passado, que era gay. Na época, os pais de Pierce nada fizeram e parecia que apoiariam o filho. No entanto, alguns meses depois, o rapaz foi expulso de casa, na cidade de Kennesaw, Estado da Geórgia.

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Na última sexta-feira, 29, Daniel chegou em casa e os pais o esperavam na porta. Ele, rapidamente, começou a gravar a conversa sem que ninguém percebesse.

– Gravei porque sabia que algo iria acontecer e queria me proteger se alguém tentasse me agredir – disse ele à emissora BBC.

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O vídeo de cinco minutos não identifica ninguém, só o que eles dizem:

“Você pode negar o quanto quiser, mas acredito na palavra de Deus”, diz uma voz feminina, em resposta ao argumento de Pierce que pesquisas científicas indicavam que a homossexualidade não é uma opção individual.

“Deus não cria ninguém assim. É um caminho que você escolheu.”

Aos poucos, o tom da conversa muda e fica mais tenso. Uma mulher parece agredi-lo.

“Solte-me. O que há de errado com vocês?”, diz Pierce, enquanto a câmera treme.

“Não, o que há de errado com você?”, respondem. Alguém também diz que ele é uma desonra para a família.

Depois que saiu de casa, Pierce foi para a casa de uma tia.

– Se eles tivessem dito apenas para eu pegar minhas coisas e cair fora, eu teria dito ‘tudo bem’. Não sou do tipo de pessoas que gosta de entrar em brigas – disse o rapaz.

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Na mesma noite, Pierce publicou o vídeo no YouTube e, em dois dias, já havia sido visto 2 milhões de vezes e o nome de Pierce foi parar entre os assuntos mais comentados no Twitter, com diversas mensagens de apoio. Hoje, já passam dos cinco milhões de visualizações.

– (Ao publicar o vídeo) queria evitar que isso ocorresse com outras pessoas. Se um pai assistir e mudar a forma de abordar seu filho, já terá valido a pena – explicou Daniel Pierce.