Um jovem de 18 anos foi preso nesta semana em Goiás após investigações iniciadas pela Delegacia de Proteção à Criança, à Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami) de Jaraguá do Sul. Segundo a delegacia da região Norte catarinense, a investigação começou após a denúncia da uma mãe de uma criança de um ano e seis meses. Ela constatou que fotos da filha circulavam em uma das páginas de redes sociais criada pelo suspeito com comentários de cunho sexual.

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O suspeito gerenciava diversas páginas e perfis utilizando nome falso. Conforme a delegacia, ele também compartilhava conteúdos e comentários preconceituosos, de cunhos racista, xenofóbico, nazista, comentários de duplo sentido, conteúdos envolvendo crianças, adolescentes e pornografia infantil, dentre outros crimes de ódio. Algumas páginas eram bloqueadas por já terem sido denunciadas por algumas pessoas, mas, segundo a polícia, as que permaneciam ativas mantinham, em média, 800 seguidores.

Além disso, em um aplicativo de mensagem o suspeito mantinha um grupo cuja criação e administração era dele, com mais de 100 pessoas inclusas para disseminar os conteúdos.

Apuração iniciou há cerca de quatro meses em Jaraguá do Sul

A investigação iniciou em maio deste ano após o Boletim de Ocorrência feito pela catarinense. Segundo a delegacia, as publicações desse tipo de conteúdo eram feitas há mais de um ano e o suspeito era conhecido em todo o país, já que tanto as publicações, quanto os seguidores das páginas eram de diversas regiões do Brasil.

Como o suspeito utilizava perfis falsos, a polícia se empenhou em descobrir a verdadeira identidade do jovem. A partir das diligências, a polícia descobriu que ele morava em Rio Verde (GO). A delegada responsável pelas investigações, Cláudia Cristiane Gonçalves de Lima, deu início ao mandado de busca e apreensão do suspeito e dos dispositivos por ele utilizado.

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Em razão da distância, há cerca de um mês o poder judiciário concedeu que o caso fosse repassado à delegacia da região Goiana.

Segundo a Dpcami de Jaraguá do Sul, apesar de envolver outras pessoas, o jovem ainda pode responder pelo crime como um todo conforme jurisprudência. De acordo com a Dpcami, além do constatado nas redes sociais, ele também possuía arquivos, vídeos e fotos de mesmo cunho em pastas pessoais de seu dispositivo e diversas fotos dele com suástica nazista e apologia ao nazismo.

A delegacia, agora, aguarda o resultado da perícia no celular do suspeito, por meio do qual ele disseminava os conteúdos.

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