Jovem e já um diplomata

Quando deita a cabeça no travesseiro, o joinvilense Rodrigo Wiese Randing, 22 anos, tem a possibilidade de sonhar em sete línguas: português, inglês, alemão, espanhol, italiano, francês ou suaíli – um dialeto africano. Isso porque se comunica bem em todos esses idiomas. Rodrigo é o primeiro diplomata nascido em Joinville e o segundo de Santa Catarina, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores.

– Sempre gostei muito de viajar. Minha intenção é rodar por todos os países e conhecer outros idiomas -, conta Rodrigo, que, apesar de ter pouca idade, já espiou o formato do universo e sabe que ele é tão grande quanto a sua ambição.

Já na época do vestibular ele sabia o que queria. Entrou para o curso de relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB), formou-se em 2009 e, neste ano, tentou o concurso de admissão à carreira de diplomata (CACD) do Instituto Rio Branco. Passou. E agora olha o mapa-múndi com intimidade e até desenvoltura, pois sabe que aqueles desenhos coloridos no papel logo serão realidade diante de seus olhos.

Alguns dos países desenhados no mapa-múndi já têm textura, cheiro e cor para Rodrigo. É o caso do México e dos Estados Unidos, lugares em que o jovem diplomata fez intercâmbio. Mas isso é pouquíssimo perto do mapa particular que ele mesmo quer desenhar na memória.

– Para mim, ser diplomata é representar a minha nacionalidade e, mais do que isso, representar a minha cultura -, conta Rodrigo, que é um apaixonado pelos estudos e pelo conhecimento.

Nesta semana, ele se mudou para Brasília, para começar o mestrado em diplomacia, dividindo o seu tempo com o estágio.

Às vésperas de completar 23 anos – ele faz aniversário em 23 de julho, portanto, está marcado com o signo de Leão e toda a sua perseverança feroz -, o rapaz garante que o crescimento está apenas no começo. E, independentemente da parte do mundo em que ele se estabelecerá, Joinville certamente ouvirá falar muito do jovem rapaz que ousou sonhar em sete línguas diferentes.