Um homem foi preso nesta sexta-feira (24), após levar a namorada a uma agência bancária no Centro de Blumenau. Como estava sem máscara de tecido – o uso é obrigatório na cidade por conta do novo coronavírus -, apenas a mulher conseguiu entrar (ela possuía a proteção). Ela então relatou aos funcionários que estava sendo mantida em cárcere privado. A Polícia Civil foi até a instituição e, após o flagrante, solicitou a prisão preventiva do suspeito.
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O casal chegou ao banco logo após o almoço e tentou usar um caixa eletrônico. O cartão da jovem apresentou problema e ela precisou entrar na agência para resolver a questão. Ele tentou a acompanhar, mas foi barrado pelos vigilantes pois estava sem máscara.
Testemunhas viram o rapaz ameaçando a namorada de morte caso contasse alguma coisa aos funcionários. Do lado de fora, aguardou a vítima. Ela então pediu ajuda à atendente e contou que estava sendo mantida em cárcere privado dentro da própria casa desde a Páscoa, há duas semanas.
Naquele feriado, após uma discussão por ciúmes, o suspeito bateu na jovem, quebrou o celular dela e a proibiu de sair de casa sozinha. Sob ameaças de morte e agressões constantes, manteve ela trancada até esta sexta-feira, quando precisou de dinheiro e a levou ao banco. Antes de sair ele teria cometido nova violência.
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Notando o desespero da cliente ao relatar a história, uma das gerentes acionou o delegado David Sarraff, da Delegacia de Proteção à Criança, Mulher, Adolescente e Idoso (DPCAMI). A equipe foi até o local e o levou à Central de Polícia. Ele, que já tem passagens por outros crimes como furto e roubo, foi autuado por ameaça, lesão corporal e cárcere privado.
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— O namoro começou em janeiro e eles estavam morando juntos há cerca de um mês. Ela foi levada ao Instituto Geral de Perícias para fazer o exame — conta o delegado, que pediu a prisão preventiva do suspeito. A solicitação será avaliada pela Justiça na audiência de custódia deste sábado (25).
A jovem foi encaminhada a um local seguro. Uma medida protetiva contra o agressor já foi solicitada. Os nomes e idades não foram revelados pelo delegado para preservar a identidade da vítima.
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