O jovem Leandro Dias, de 29 anos, estava em seu local de trabalho, quando viu um ônibus perder a direção depois de passar por uma curva, bater em um poste e começar a pegar fogo, na manhã desta segunda-feira em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Leandro é frentista de um posto de gasolina localizado na pista em frente onde ocorreu o acidente que deixou oito mortos e pelo menos sete feridos.

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– A curva é perigosa e este tipo de acidente acontece. O ônibus estava em alta velocidade. O motorista não teve como desviar do poste, porque tinha um caminhão estacionado. Ele não conseguiu frear, devido ao excesso de lama. Com a colisão, o transformador do poste caiu e incendiou o ônibus – disse Dias.

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Leandro Dias contou que tentou, sem sucesso, junto com um colega, apagar o incêndio com a ajuda de um extintor.

– Conseguimos salvar três pessoas. Como tinha muita gente e o fogo estava ficando cada vez mais forte, não tivemos como tirar mais ninguém do ônibus. Tiramos um homem, mas não conseguimos salvar sua mulher e a criança. Foi um momento muito difícil para nós – disse.

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Altero Siqueira, de 62 anos, que mora na região há 33 anos, explicou que os moradores chamam o trecho da Avenida Getúlio Vargas de “curva do azar”.

– Aqui é uma calamidade, devido ao excesso de lama. Existe um bueiro que nunca consegue escoar a água da chuva. Aqui alaga sempre. Esta tristeza vai ficar na memória. Espero que não se repita – explicou.

Segundo o gerente operacional da Viação Mauá, Flávio Giantomaso, o motorista é experiente e o ônibus estava com a manutenção em dia. Ele acrescentou que o acidente foi “atípico”. A empresa, explica Giantomaso, está neste momento, focada na assistência às vítimas.

*Agência Brasil