Um jovem negro de 20 anos acusa policiais militares de uma agressão que resultou em seus dentes quebrados no sábado (22). Segundo o homem, um agente deu uma coronhada com arma de fogo em sua boca e ele desmaiou. O caso é apurado pela Corregedoria da Polícia Militar.
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Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Polícia Civil de Biguaçu na última segunda-feira (24). O caso foi descrito como lesão corporal leve e o jovem passou por exame de corpo de delito. A família diz que o resultado deve ser divulgado em até 20 dias.
Em entrevista à NSC TV, o jovem contou que fumava um cigarro quando a viatura se aproximou do lugar onde ele estava. Em sua versão, os policiais questionaram se ele tinha alguma passagem policial ou se ele estaria ligado a alguma facção criminosa.
Mesmo negando, o jovem diz ter sido agredido. Após a coronhada, ele caiu, bateu com a cabeça no chão e desmaiou. Conforme o relato, os próprios policiais acordaram o homem e o liberaram.
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Na quinta-feira (27), ele passou por uma cirurgia para retirar parte de um dos dentes que quebraram com a pancada. Ele fez a colocação de pinos para um implante no futuro, após ajuda de uma entidade.
A Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Santa Catarina está “acompanhando o caso para averiguar os fatos”, afirmou a presidente da comissão, Márcia Lamego ao g1 SC.
A Polícia Militar instaurou inquérito para apurar os fatos. Até quinta-feira, o comando afirmou não ter recebido o boletim de ocorrência sobre o caso.
Leia a íntegra da nota da PM
O comando do 24º Batalhão de Polícia Militar, que cobre a área onde ocorreu a agressão, se manifestou sobre o caso.
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“Sobre os fatos, ainda não recebemos o boletim de ocorrência sobre o assunto, mas já estamos fazendo o levantamento de informações. O comandante do 11° Comando Regional de Polícia Militar vai determinar a instauração de Inquérito Policial Militar para a apuração dos fatos”, declarou o tenente-coronel Igor Gonçalves de Castro.
Leia a íntegra da nota da Polícia Civil
Já a Polícia Civil informou que a lei número 13.491/2017, que atualiza o Código Penal Militar, classifica como crime militar aqueles praticados por militares no exercício da função. Dessa forma, o caso relatado será investigado apenas pela Corregedoria Polícia Militar.
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