A denúncia da venda do bebê de Camboriú surgiu depois que a jovem de 18 anos viajou grávida e voltou sem a criança. De acordo com a investigação, a criança nasceu em 17 de junho em Matinhos (PR), onde a intermediadora tem uma casa.

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Dois dias depois do parto, o pai adotivo fez o registro. Depois disso a criança foi levada para Palmas e a jovem retornou para Camboriú.

Ao ser questionada pelos conselheiros tutelares, após a denúncia, ela contou que tinha feito uma adoção legal. Como os conselheiros verificaram que a criança sequer havia sido registrada em Camboriú voltaram à casa da jovem. Ela então deu a versão de que a menina estaria com o pai e, desconfiados, os conselheiros acionaram a polícia. A investigação, iniciada em 28 de agosto, descobriu então o paradeiro da menina.

A jovem tem um filho de um ano e meio e engravidou quando tinha 17 anos de um adolescente da mesma idade. O Conselho Tutelar vai verificar se a situação em que vive o outro filho da jovem é adequada.

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O casal que realizou a adoção não pode ter filhos, conforme apurou a polícia. Eles não foram trazidos para prestar depoimento e devem ser ouvidos por carta precatória em Palmas e o depoimento será encaminhado à DIC de Balneário Camboriú.

A polícia gravou a chegada até a casa em Palmas. Na conversa com o delegado Osnei Oliveira, a mãe adotiva contou primeiramente que a criança era fruto de uma relação extraconjugal do marido.

– Ela, a mãe dela, o pai, a empregada estavam todos ensaiados. Só depois que acabaram assumindo – conta.

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Em outro trecho da conversa com o delegado, a mulher contou que jogou fora os comprovantes de pagamentos feitos à intermediadora.