Carateca de Biguaçu precisa de ajuda para disputar o Panamericano no Equador

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Hérick vem de uma família de lutadores. O pai, Leandro Hasse, é professor da arte marcial. O tio Jurandir é o sensei, treinador do menino, que está na faixa marrom. Possui ainda outro tio professor de kung fu.

— Ele vem de uma trajetória desde pequeno, começou com 6 anos, e agora aos 15 está de frente com o primeiro desafio internacional. Essa conquista é fruto do esforço e da disciplina que ele sempre demonstrou — exalta o treinador do menino.

— Foram várias etapas até eu chegar na classificação, desde campeonatos internos até estaduais, e por fim a seletiva nacional. E em Porto Alegre foi uma emoção muito grande, inexplicável, porque foi um sacrifício estar lá. Teve muita gente envolvida, a gente fez rifa — lembra, emocionado, o adolescente.

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(Foto: Cristiano Estrela / Agencia RBS)

Desde 2008, Hérick já coleciona 10 títulos em torneios estaduais. Atualmente representa Florianópolis no Olesc e nos Joguinhos Abertos. Ele ainda faz uma dieta especial para se manter na categoria até 63 kg, a que vai disputar no Equador.

Hérick treina três vezes por semana em Biguaçu e duas vezes na Capital. Esse mês passou a receber uma bolsa de R$ 600 mensais da Fundação Municipal de Esportes de Florianópolis. No entanto, a família explica que não consegue custear as despesas com esse valor.

— A luta está sendo grande. Estamos hoje no zero e precisamos alcançar R$ 5 mil até o dia 2 de agosto. Esse valor é a base dos gastos de hospedagem, alimentação, traslados, além de quimonos e as proteções, que precisam ser homologadas internacionalmente. É uma pena se, por falta de patrocínio, a gente não conseguir trazer esse título pra cá — pede a mãe do menino, Adriana de Jesus.

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Além de rifas, Adriana tem percorrido o comércio de Biguaçu com uma pasta embaixo do braço. O material traz fotos, o currículo do menino e toda a descrição do que será o campeonato. Quem quiser saber mais como ajudar pode entrar em contato nos telefones (48) 8411-2126 e (48) 8411-2127.

Hérick e o treinador, Jurandir Hasse
Hérick e o treinador, Jurandir Hasse (Foto: Cristiano Estrela / Agencia RBS)

Karatê olímpico

Hérick diz que tem como fonte inspiração o atleta Douglas Brose, gaúcho radicado em Florianópolis, considerado o melhor carateca brasileiro.

— Ele é bicampeão mundial de karatê e tem todos os títulos imagináveis. Eu me espelho nele e meu sonho é um dia chegar no lugar dele — deseja o jovem atleta.

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Hoje, Brose está à frente de uma campanha para que o karatê se torne esporte olímpico no próximo evento, em 2020, que será justamente em Tóquio no Japão, país onde nasceu a arte marcial. A votação acontece entre 2 e 4 de agosto, às vésperas dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

Santa Catarina é o estado com mais representantes.

Com 15 atletas, Santa Catarina terá mais caratecas no Equador do que São Paulo, por exemplo. A maioria no feminino. São elas: Nicole Bauchspiess, Sabrina Bernabeu, Vitória Sarmento, Ariadne Boing, Luana Pinheiro, Juliana Oliveira, Natália Toyama, Jéssica Luebke e Daiana da Silva.

No masculino, foram classificados, além do Hérick, Maicow Maciel, Kaique Rodrigues, João Vitor da Silva, Vitor Haag e Gabriel Stankunas.

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