Foi após a mudança dos amigos para São Paulo que a moradora de Florianópolis Maria Eloiza dos Santos Machado, de 20 anos, resolveu criar um clube do livro. O “Páginas da Ilha” nasceu dois meses depois que três dos quatro amigos mais próximos deixaram a capital catarinense. Sem eles, que se juntavam para descobrir lugares novos na Ilha da Magia e discutir os livros que liam, o hábito de leitura dela despencou. Foi daí que surgiu a ideia de começar um clube de leitura itinerante, onde pessoas se reúnem em vários locais de Florianópolis para falar sobre as leituras.

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

“Ande com os seus”. Esta é a frase que a psicóloga de Maria disse para ela pouco antes da ideia do clube do livro surgir na cabeça da estudante de Administração na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).

— Sendo sincera, a ideia do clube surgiu quando eu estava olhando para o teto, refletindo sobre meus hábitos e sobre o conselho da minha psicóloga. Depois que fiquei sem meus amigos, perdi muito o hábito de ler. Por isso, pensei em achar pessoas que tivessem esse hábito, mas como alcançá-las? — relembra Maria, que é natural de Florianópolis.

A princípio, a ideia da estudante era criar uma comunidade no Discord ou no Telegram que reunisse leitores, onde ela poderia falar sobre o que havia lido recentemente e ampliar os horizontes, reforçando o hábito da leitura. Mas, para ela, “nada substitui a presença física”.

Continua depois da publicidade

Foi aí que Maria mudou de ideia e passou a não poupar esforços na divulgação. A amante da leitura está divulgando o clube no Sympla, no Facebook, Instagram e Meetup, plataforma que possibilita aos usuários conhecerem pessoas novas, encontrarem apoio ou saírem das zonas de conforto.

Agora, o Páginas da Ilha já conta com 38 pessoas que fazem parte de um grupo de WhatsApp, divulgado nessas plataformas.

— Eu realmente não esperava que teria tanta gente. Me sinto nervosa. Na verdade, sou bem tímida, mas estou encarando como uma oportunidade para desenvolver este lado meu — diz ela.

Como funciona o clube

No momento, os participantes do clube estão escolhendo a primeira leitura que farão juntos.

Continua depois da publicidade

— Nós definimos um gênero e o mais votado pega a vez. Depois, cada um sugere um livro dentro deste gênero e fazemos um sorteio — explica ela.

Os três livros sorteados são oferecidos no grupo, com a sinopse e a informação técnica, e os integrantes decidem juntos qual irão ler.

Na quinta-feira (14), eles já haviam selecionado três títulos: “A paciente silenciosa”, de Alex Michaelides, “A empregada”, de Freida McFadden e “A mulher na Janela”, de A.J. Finn.

A ideia é que, após a leitura coletiva, eles façam reuniões presenciais em vários locais da Ilha de dois em dois meses. O primeiro encontro será em um piquenique no Parque da Luz, em Florianópolis, às 14h, no dia 7 de dezembro. “Haverá petiscos, mas cada um pode trazer algo para compartilhar”, diz a descrição do grupo de WhatsApp.

Continua depois da publicidade

— Minhas expectativas estão altas. Apesar de ter criado o clube, sempre reforço a participação de todos para que seja algo vivo e que não dependa apenas de mim. Como já teremos um livro em comum, acredito que vai ser uma “tagarelice” sem fim sobre este livro, então estou bem animada — conclui Maria.

*Sob supervisão de Andréa da Luz

Leia também

Pacientes internados se emocionam ao visitar virtualmente a Festa das Flores em Joinville

Paçoca e Entrevero de Pinhão são declarados patrimônios culturais de SC

Os destinos de SC mais procurados por turistas durante o feriado de 15 de novembro