O confronto de jovens com a Polícia Militar na terça-feira, que acabou com uma pessoa morta e outra ferida, em Florianópolis, chamou a atenção de policiais porque um dos participantes já havia se envolvido em outra troca de tiros recente no Continente com agentes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).
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Baleado pela PM na comunidade da Grota, Thiago Oliveira Petrowis, 20 anos, está internado no Hospital Regional de São José. Na manhã desta quarta, ele foi comunicado pela Deic de uma nova ordem de prisão contra ele.
O que chamou a atenção de policiais da Deic é que Thiago estava há apenas sete dias em liberdade e mesmo assim acabou figurando neste segundo tiroteio, desta vez com policiais militares.
No dia 25 do mês passado, Thiago estava na troca de tiros com policiais civis da Deic no Morro da Caixa, onde mora, quando foi preso em flagrante por tráfico de drogas. Neste episódio, também houve a morte de um suspeito.
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A prisão de Thiago durou 20 dias, pois acabou ganhando a liberdade provisória em um habeas-corpus do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
A polícia diz que Thiago seria um dos principais chefes do tráfico no Morro da Caixa, o que o rapaz nega. Sobre a prisão de terça-feira, na Grota, após o grupo em que estava invadir uma casa e trocar tiros com a PM , a defesa dele diz que ele nega a autoria do crime, que a prisão foi ilegal e abusiva.
A violência na região Continental de Florianópolis motiva ocupação pela Polícia Militar desde terça-feira na comunidade Chico Mendes. PMs fazem barreiras e buscam foragidos na área.
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O DC apurou que a violência no Continente está diretamente ligada a uma briga de gangues rivais do Morro da Caixa e da Grota.
O conflito teve até agora dois assassinatos entre os bandos e também deixa um clima de tensão entre os próprios policiais, que também estariam recebendo ameaças de morte por causa do combate ao tráfico de drogas nas comunidades. A outra revolta da polícia é a não permanência dos presos por muito tempo atrás das grades.