Guarde este nome: Bárbara Mafra. A garota tem apenas 19 anos, nasceu em Itajaí e mora em Florianópolis. Até janeiro, ela precisa tomar uma decisão que pode mudar o rumo da sua vida. Atriz com registro profissional e curso feito em Roma, Bárbara foi convidada para integrar a prestigiada Companhia American Stage de Teatro, em St. Petersburg, na Florida (EUA).

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Bárbara sempre quis ser atriz. Aos seis anos de idade, em 1999, participou da primeira peça infantil – “Chapeuzinho Vermelho: nova era”, depois, ainda menina, começou a fazer cursos em Itajaí e participar de outras montagens teatrais na sua cidade, como as peças Sapo Vira Rei Vira Sapo, “A Louca” e “Ah! Dá Licença ow”. Paralelamente ao Ensino Médio, fez o curso profissionalizante de interpretação para Tv, Cinema, Teatro e Publicidade. Mas a jovem queria mais e, mesmo sem contar nada a família, tentou uma vaga como bolsista no curso de teatro profissional da – Academia Internacional de Teatro de Roma.

Em 2011, Bárbara ganhou a vaga e, sem pensar duas vezes, mudou-se para a Itália. No primeiro mês, morou na casa de uma família, que lhe deu casa em troca de serviços de babá.

– O problema é que o curso tinha duração de 10 horas por dia, e não sobrava tempo para cuidar da criança – conta ela.

A solução, então, foi morar sozinha em um apartamento emprestado por amigos de sua família. No começo, Bárbara não falava nada de italiano, e tinha um inglês de nível médio. Optou por iniciar o curso de teatro em inglês, mas pouco depois já entendia e falava bem o italiano.

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No final do curso, três meses depois, os 45 alunos sabiam que três deles seriam escolhidos pelo diretor da companhia americana para trabalhar nos Estados Unidos, com um contrato de cinco anos. Para ela, foi uma surpresa estar entre os selecionados, junto com uma aluna americana e um chinês. Sua nota final no curso foi 9.6.

– Fiquei radiante, pois havia muita gente talentosa lá.

A jovem itajaiense voltou para o Brasil, e agora seu empresário, que mora em São Paulo, está estudando as cláusulas do contrato com a companhia de teatro. Ao mesmo tempo em que se sente feliz com o reconhecimento pela sua arte, Bárbara se mostra um pouco relutante em deixar tudo e passar cinco anos fora.

– Na verdade, eu gostaria muito de ter uma boa chance aqui, no meu Estado, ou no meu país. Não queria ter que ir embora para poder trabalhar naquilo que amo. Tinha que haver mais incentivo ao teatro aqui em Santa Catarina – comenta.

Enquanto o contrato profissional está em análise, Bárbara aproveita para cursar algumas disciplinas isoladas do curso de Teatro da UFSC e para curtir os pais, o advogado Mauro dos Santos e a professora Simone, além das duas irmãs, que moram em Itajaí.

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