Durante depoimento nesta sexta-feira (6), o jovem de 25 anos que foi arremessado de uma ponte por um policial militar na Zona Sul de São Paulo disse ter sido ameaçado: “Você tem duas opções: ou você pula da ponte ou eu jogo você e sua moto daqui”, teria dito o policial, que também o agrediu com golpes de cassetete na cabeça e nas costas, de acordo com o rapaz. As informações são do g1.
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Nesta quinta-feira (5), o policial Luan Felipe Alves Pereira foi preso por um decreto da Justiça Militar. Além disso, a corregedoria da PM afastou 13 policiais das ruas.
Marcelo, a vítima, chegou na delegacia por volta das 14h, e permaneceu em depoimento por duas horas e meia. Na ocasião, ele relembrou os momentos que antecederam a abordagem policial, quando ele estava trafegando com a moto e reparou que haviam muitos policiais na avenida Cupecê.
Marcelo alega que não estava em alta velocidade, mas acabou freando e, então, os policiais começaram a correr na direção dele. Segundo o relato, Marcelo desceu da moto e começou a correr e, neste momento, foi golpeado com um cassetete na cabeça e nas costas.
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No depoimento dessa sexta-feira, Marcelo disse que o PM o levou “pelo colarinho” até a ponte, onde o ameaçou. O homem tentou se defender, alegando que não era ladrão e que a moto não era roubada. Após isso, segundo ele, o policial pegou a perna dele e o jogou.
O que aconteceu após a queda?
À polícia, Marcelo contou que caiu no córrego. Ali, pessoas em situação de rua o mostraram um caminho pelo qual ele poderia fugir. Ele caiu de joelhos, então, os ferimentos que apresentava na cabeça seriam por conta dos golpes de cassetete.
Um motorista desconhecido que Marcelo encontrou no caminho o deu carona até a UPA Santa Catarina.
O jovem alega não ter entendido o motivo das agressões, uma vez que não agrediu verbalmente nenhum dos policiais. Ele contou, ainda, que os policiais não solicitaram documentos ou o nome de Marcelo. Apenas começaram a correr atrás dele.
Ele alega também que não possui passagem pela polícia e que atua como manobrista na região Paulista e Jardins. No dia, ele estava sozinho e, de acordo com ele, os policiais não estavam fazendo abordagens, e sim parados na rua.
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Após ver a foto do policial Luan Felipe Alves Pereira, Marcelo o reconheceu. Em seguida, o rapaz foi encaminhado para corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) e deve prestar depoimento na Corregedoria da PM.
*Sob supervisão de Jean Laurindo
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