A Fifa publicou em seu site oficial nesta quinta-feira uma entrevista com o presidente Joseph Blatter. O dirigente falou sobre a divulgação dos documentos que confirmam o caso de suborno em que João Havelange e Ricardo Teixeira estão envolvidos.
Continua depois da publicidade
Os documentos mostraram os nomes em que já existem provas, outros que estão ainda sob suspeita ficaram no anonimato. Blatter confirmou que está neste segundo grupo e respondeu sobre o motivo desta preservação.
– Foi o tribunal federal da Suíça que decidiu manter este anonimato no caso da ISL. Por mim, todo o documento poderia ser publicado “limpo”, para colocar fim de uma vez por todas. Eu não sou acusado, então estou anônimo – disse Blatter.
Ao ser perguntado se ele já sabia de algo, e como ele deveria ser julgado, Blatter diz que as leis são diferentes.
– Naquela época, esses pagamentos podiam ser deduzidos dos impostos como despesa de negócio. Hoje, isso seria punido por lei. Não pode julgar um caso do passado com base em padrões de hoje. Caso contrário, iria acabar com a moral da justiça.
Continua depois da publicidade
Ele continuou falando sobre a questão ética que ainda precisa ser respondida:
– É por isso que fortalecemos os mecanismos de controle, para prevenir que aconteça algo assim no futuro. O Comitê de Ética, que eu criei em 2006, é um resultado do caso ISL.
A conclusão foi sobre a presença de Ricardo Teixeira e João Havelange. Ele disse que não pode tirar seu antecessor na Fifa do cargo de presidente honorário da entidade.
– Não está dentro do meu poder tirá-lo. O congresso o colocou como presidente honorário, e só o congresso poderá decidir o futuro.