O ex-governador José Serra anunciou ontem, pelo Twitter, que disputará as prévias do PSDB que definirão o candidato tucano à prefeitura de São Paulo.

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Ele afirmou que sempre foi favorável às prévias e que pretende participar. “Hoje comunicarei por escrito à direção do PSDB de São Paulo minha disposição de disputar a prefeitura de SP”, escreveu no microblog.

Na segunda-feira, o secretário estadual de Cultura, Andrea Matarazzo, comunicou oficialmente sua desistência de disputar as prévias. Ele afirmou que está deixando o páreo em nome da candidatura de Serra, e que tomou a decisão na quinta-feira, quando o colega manifestou o interesse de se candidatar:

– Vocês nunca verão eu disputar uma eleição com o Serra, somos do mesmo grupo político, somos amigos há muito tempo. Não faria sentido.

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Segundo ele, Serra decidiu entrar na eleição quando viu que “a ameaça da volta do PT podia ser realidade”.

– Ele [Serra] viu e viveu a tragédia que foi o governo do PT em São Paulo. O PT é o adversário e é ele que devemos enfrentar – disse Matarazzo.

Para o secretário de Cultura, a permanência de Serra na prefeitura de São Paulo, se eleito, é praticamente certa, rejeitando, assim, a possibilidade dele concorrer a outro cargo em 2014, nos mesmos moldes de sua primeira passagem como prefeito, entre 2005 e 2006.

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– Tenho certeza que ele [Serra] voltará e que ficará provavelmente quatro anos ou, quem sabe, oito anos na prefeitura – disse.

Bruno Covas também desiste de disputar prévias O secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, também vai deixar a disputa tucana. Ele afirmou que desistiu de disputar as prévias do PSDB em favor de um “projeto partidário” e disse que a candidatura de Serra é a “resposta do partido à tentativa do PT de nacionalizar a eleição para prefeito de São Paulo”.

Covas, que entrou na disputa com o incentivo do governador Geraldo Alckmin e chegou a transferir o título de eleitor de Santos para a capital, disse que ontem o candidato do governador é Serra. Na última semana, quando Serra manifestou disposição de participar da disputa pela prefeitura em São Paulo, o tucanato paulista começou uma força-tarefa para viabilizar sua entrada na eleição interna do partido, marcada para 4 de março.

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A disputa pela prefeitura paulistana não é apenas eleição local: tem um caráter nacional simbólico. O prefeito da cidade, além de estar à frente da capital do maior colégio eleitoral brasileiro, comanda o terceiro maior orçamento do país, atrás apenas da União e do governo do Estado.