O basquete de Joinville ainda não anunciou oficialmente José Neto, mas o técnico paulista já fala como o novo comandante do time. Na segunda-feira, ele viaja para Joinville para assinar o contrato com a equipe. Motivado e com experiência em trabalhar com categorias de base, Neto está otimista para o novo desafio.

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– Durante muitos anos Joinville tem apresentado um trabalho de respeito. Espero que eu possa continuar contribuindo com o basquete em Santa Catarina -, disse o treinador, por telefone, à reportagem de “A Notícia”.

Neto chega a Joinville para comandar o projeto que durante muitos anos foi conduzido pelo técnico Alberto Bial. O desafio do novo treinador será integrar jovens das categorias de base ao time adulto. Para ele, que foi o técnico da Seleção Brasileira sub-19, isto não será problema.

– Não consigo ver um projeto de basquete adulto sem você ter a sustentação das categorias de base. As duas coisas têm que estar muito ligadas. As raízes têm que estar na base -, justificou.

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José Neto esteve na cidade na última sexta-feira e gostou do que viu. Apesar de não poder contar com o armador Manteguinha, que acertou o seu desligamento, ele se diz contente com a vinda de Luis Felipe, com quem já trabalhou.

– É uma pessoa que admiro bastante. Não só como jogador, mas também pela pessoa que ele é.

Na segunda, além da assinatura do contrato, a expectativa de Neto é conversar com a diretoria do clube sobre os recursos que terá para contratar. Somente depois disso ele irá avaliar as opções que têm no mercado.

O treinador tem 40 anos e estava trabalhando na Confederação Brasileira de Basquete, como treinador da Seleção sub-19 e auxiliar técnico de Rubén Magnano na Seleção adulta. Antes de chegar a Joinville, passou por clubes

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“A base é que precisa sustentar um projeto”

Entrevista/José Neto

AN – Como você vê o desafio de montar um time com jovens?

José Neto – Não consigo ver um projeto de basquete sem ter a sustentação da categoria de base. Se houver uma equipe adulta e não fazer o link com a categoria de base, fica sem sustentação. A base é que precisa sustentar um projeto. Foi assim que trabalhei no Paulistano, que nunca tinha ganhado nada, mas hoje apresenta um time competitivo, principalmente nas categorias de base.

AN – Você conhece o elenco. Então, como avalia as chances de Joinville no NBB?

José Neto – Preciso conversar com a diretoria algumas coisas na segunda-feira. Só poderei falar especificamente sobre contratações e trabalho depois do que for definido na reunião. Não posso falar sobre hipóteses. Sobre esse assunto, temos de esperar um pouco mais para falar.

AN – Você continuará trabalhando com a Confederação?

José Neto – Todas estas coisas serão avaliadas. Estaremos indo para o Pan-americano (ocorre no final de outubro). O Magnano tem toda autonomia para escolher sua comissão técnica. Eu espero poder continuar ainda nas Olimpíadas.

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AN – Por que houve uma demora para dar um “sim” para Joinville?

José Neto – Quando se muda de Estado, tem várias coisas que precisa avaliar. Não é só chegar, dirigir, pegar suas coisas e ir embora. Existe o comprometimento e, quando você se compromete com algo, não é tão simples assim.