O jornalista e assessor de comunicação Rogério Postai, 51 anos, irá a júri popular na quinta-feira, em Florianópolis. Ele é acusado do assassinato do advogado Rodrigo da Luz Silva, o Digão, 34, na noite de 10 de junho de 2010.

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O julgamento está marcado para começar às 13h, no Fórum. Será a segunda tentativa de realizá-lo. A primeira foi em 22 de janeiro, mas a Justiça cancelou por causa da renúncia do advogado de defesa do réu dias antes.

Agora, com novo defensor constituído, o juiz Paulo Marcos de Farias remarcou a data e a sessão está confirmada para quinta.

Postai e o advogado moravam no mesmo condomínio, no Rio Tavares, Sul da Ilha. A vítima havia sido síndico do lugar.

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A denúncia do Ministério Público afirma que Postai o matou a tiros com uma pistola .380 porque Rodrigo havia apontado contra ele o descumprimento de diversas regras condominiais.

Após o crime, Postai fugiu do local e escondeu a arma em um matagal próximo ao condomínio. Ele acabou preso em flagrante na mesma noite, ficou um ano e 11 meses na prisão e responde em liberdade desde maio de 2012.

Na acusação atuará o promotor Luiz Fernando Fernandes Pacheco, que terá como assistente o advogado Marcelo Luciano Vieira de Mello.

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Segundo Mello, Postai mantinha uma casa irregular no condomínio e por isso recebeu multas quando Rodrigo era síndico.

– Ele (Postai) espreitou a vítima na frente do portão do condomínio e a atingiu com nove tiros. Se fosse legítima defesa, teria se entregue e não fugido – afirma o assistente de acusação.

Postai será julgado por homicídio e porte ilegal de arma. Afirma que agiu por legítima defesa porque supostamente era ameaçado por Rodrigo.

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– Rodrigo buscou me expulsar do condomínio para realizar seus negócios escusos. Sou pessoa simples, calma, interessado pelo busca de soluções para a coletividade que também melhorem a minha vida. Naquela hora, o único meio hábil para minha defesa era a arma. Se eu não tivesse atirado, os papéis estariam invertidos neste processo – disse Postai em e-mail enviado à reportagem.