Uma jornalista e correspondente da revista mexicana Processo apareceu morta nesta sábado no Estado de Veracruz. O corpo de Regina Martínez foi encontrado dentro de casa em Xalapa, capital do Estado, a cerca de 300 quilômetros a leste da Cidade do México. De acordo com a Procuradoria de Justiça de Veracruz, as razões do homicídio não foram confirmadas.

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Regina estava no banheiro e apresentava marcas de golpes no rosto e no corpo, o que, segundo o periódico a qual trabalhava, indicava asfixia.

Veracruz é um dos Estados mexicanos mais afetados pela violência relacionada ao narcotráfico, assunto este que Regina costumava abordar na cidade de Xalapa para a Processo, uma revista política de trajetória consolidada no país, e para onde trabalhou durante 10 anos.

Processo dedica grande parte do seu esforço a documentar a violência do narcotráfico, que deixou mais de 47,5 mil mortes desde dezembro de 2006, quando o governo lançou uma ofensiva contra os cartéis de drogas.

Nos últimos 12 meses, outros dois jornalistas foram assassinados em Veracruz. EM julho do ano passado, a jornalista Yolanda Ordaz de la Cruz, repórter policial do diário Notiver, foi encontrada degolada. No mês anterior, outro integrante do Notiver foi morto. O colunista e subdiretor do diário Miguel Angel López Velasco, foi baleado em frente à mulher e aos filhos.

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Organismos como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) consideram o México como o país mais perigoso para exercer o jornalismo na América.