O jornalista Anthony Shadid, do jornal The New York Times, morreu na quinta-feira no leste da Síria enquanto trabalhava como correspondente. A causa da morte teria sido um ataque de asma, informou o periódico americano.

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O fotógrafo Tyler Hicks o acompanhava e levou o corpo até a Turquia. Shadid tinha 43 anos e se destacou por ganhar o prêmio Pulitzer pela cobertura no Iraque. Americano de ascendência libanesa, ele deixa a mulher e duas filhas. Trabalhou para a Associated Press, The Washington Post e The Boston Globe.

Shadid estava trabalhando há uma semana na Síria para reunir informações sobre a resistência ao governo de Bashar al-Assad. Conhecido por coberturas de guerras e outros conflitos no Oriente Médio, o jornalista foi um dos quatro repórteres capturados durante seis dias pelas forças leais ao ex-ditador Muamar Kadafi, em março de 2011, na Líbia.

O pai de Anthony, Buddy Shadid, disse que um colega ainda tentou reanimar o seu filho, mas não conseguiu:

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– Estavam em um lugar isolado. Não havia nenhum médico próximo. Foram necessárias várias horas para levá-lo a um hospital da Turquia – disse Buddy, que afirmou também que Anthony teve asma por toda a vida e usava medicamentos específicos.

– Ele caminhava na fronteira porque era muito perigoso viajar de carro. E estava atrás de cavalos – era mais alérgico a esses animais que a qualquer outra coisa – quando teve o ataque de asma – completou.