Quatro anos depois de se revoltar contra as marcações de Carlos Torres na partida do Nacional contra o Inter, nas oitavas de final da Libertadores de 2006, a imprensa uruguaia novamente reclama da atuação do paraguaio no Beira-Rio. Desta vez contra o Cerro, ele não marcou pênalti de Nei quando a bola bateu no braço do lateral do Inter dentro da área, logo no início do jogo.

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“O pior veio da mão do árbitro Torres. Sempre Torres para dar a nota. Para tapar os olhos quando há algo favorável aos uruguaios. Sempre Torres, para se equivocar feio. Para freiar o que pdoeria ser um grande começo albiceleste no Beira-Rio. Três minutos de jogo e Nei dá um tapa maior que as dimensões do campo na entrada da área. Pênalti, Torres!”, diz o Ovación, suplemento esportivo do El Pais.

O jornal faz duras críticas também à atuação do Inter. Lamenta que o Cerro tenha perdido um jogo em que atuou com solidez, com personagem, e no qual o Inter não encontrou “a chave”.

“Sem um dois-um bem típico dos brasileiros, condicionado ao que pudesse realizar o argentino Andrés D’Alessandro, o time de Jorge Fossati fez pouquíssimo, muito pouco para um time brasileiro. Precisou da sorte para abrir o marcador e de uma má ação para liquidá-lo.”

Já o La Republica prefere apontar os erros do Cerro. Sequer cita o árbitro em sua crônica de jogo:

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“Lamentavelmente, Cerro ficou preso em seus próprios erros, porque o primeiro tempo não fazia prever que os donos da casa sairiam com a vitória, mas dois erros no segundo tempo deram a vitória ao Inter, que o coloca agora em primeiro na tabela, baixando Cerro para o segundo posto”.

Para o site Urugol, que também não fala sobre o suposto pênalti de Nei, o Inter chegou à vitória “imerecidamente”.

“Inter levou três pontos importantes e passou a liderar o Grupo 5. Ademais, mantém Fossati, que pendia de um fio para esta partida. Vale destacar, ganhou mas sem confirmar nada. A desgraça de Ibáñez facilitou tudo”, afirma o texto.

Em 2006, imprensa uruguaia questionou a desclassificação do Nacional no Beira-Rio: “Eliminados por roubo”

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