O governador Jorginho Mello (PL) prestou depoimento nesta quarta-feira (5) à Polícia Federal, em Florianópolis. Jorginho negou ter testemunhado qualquer conversa entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo e confirmadas com fontes ligadas ao governo pela reportagem do NSC Total.

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O governador foi intimado a depor em decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, depois de ter dito em entrevista a uma emissora de rádio que Valdemar “conversa muito” com Bolsonaro. Valdemar e Bolsonaro são investigados pelo STF por suposta tentativa de golpe no fim de 2022 e não podem se comunicar.

No depoimento, Jorginho teria explicado que na própria entrevista falou sobre as implicações que a proibição de contato entre Bolsonaro e Valdemar provocam em reuniões do partido e negou ter testemunhado qualquer conversa entre o ex-presidente e o líder nacional do PL.

Segundo fontes do governo, a PF teria dado tratamento respeitoso e em clima de tranquilidade para ouvir o governador. O governo do Estado não comentou oficialmente o assunto.

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Bolsonaro considerou ato falho do governador de SC

Após a fala de Jorginho Mello em entrevista no início de janeiro, o ex-presidente Bolsonaro definiu a afirmação do governador catarinense como uma “escorregada” e negou que converse com o presidente nacional do PL.

— Jorginho Mello deu uma escorregada. Na mesma entrevista, ele disse que lamenta eu não falar com Valdemar e diz que eu tenho falado muito com Valdemar. Não é verdade, foi um ato falho dele — afirmou.

Na entrevista em que teria sugerido contatos de Valdemar e Bolsonaro, Jorginho disse ainda que o presidente do partido estarua “amargurado” pela decisão de Alexandre de Moraes que proibiu os dois de conversarem. Segundo o governador, os dois precisam ficar distantes quando há reunião no diretório nacional do partido.

Na época, o governo do Estado esclareceu que Jorginho se referia ao período anterior em que Valdemar e Bolsonaro teriam construído o projeto político do partido.

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