O governador Jorginho Mello (PL) acredita que o programa Universidade Gratuita deve representar uma “revolução” no ensino superior de Santa Catarina. O projeto que cria vagas gratuitas em universidades comunitárias do sistema Acafe foi apresentado nesta terça-feira à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Agora, os deputados estaduais vão avaliar o texto e decidir se aprovam a medida.
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O programa terá implantação escalonada. No segundo semestre deste ano, serão criadas 30 mil vagas gratuitas, o equivalente a 40% do total previsto. A partir de 2024, esse percentual deve subir para 60%, chegando a 45 mil vagas. No ano seguinte, a execução sobe para 80%, com 60 mil vagas. Em 2026, último de implantação, o Universidade Gratuita alcança os 100% de alcance, com expectativa de 75 mil vagas.
Após a entrega do projeto, Jorginho Mello reconheceu que gostaria que os 100% das vagas fossem implantadas já neste ano, mas que isso “não é possível, pelas questões financeiras do Estado”. Apesar disso, diz que o Estado “começa bem” e demonstrou confiança no programa, que foi a principal promessa do governador na campanha eleitoral.
— A Universidade Gratuita é a elevação da régua da educação de Santa Catarina para sempre. Vamos fazer, isso vai ser uma experiência de sucesso, vai ser um projeto revolucionário, não tenho dúvida disso, proporcionando ao Estado crescer ainda mais — afirmou.
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Jorginho destacou que conversou com o presidente da Alesc, Mauro de Nadal, e defendeu a tramitação conjunta nas comissões proposta por ele, que permitiria “ganhar tempo”.
— Isso dá celeridade. Pela grandeza do projeto e pelo benefício que dará ao estudante de SC, às famílias — afirmou.
O governador citou também outro ponto do projeto, que prevê o auxílio das universidades comunitárias em atividades de cursos técnicos.
— [Esse] é um grande clamor dos empresários: ter pessoas qualificadas, formadas — frisou.
Contrapartida de alunos
O secretário de Estado da Educação, Aristides Cimadon, destacou o fato de o projeto prever contrapartidas de investimentos às universidades e de trabalho social aos alunos durante a formação ou após concluir o curso. Os estudantes precisarão trabalhar por cerca de 4 horas por semana como retribuição à gratuidade recebida no ensino superior.
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— O objetivo da Universidade Gratuita é efetivamente atender a essas instituições que ao longo da história de Santa Catarina vêm ajudando a construir o desenvolvimento do Estado. São instituições de origem pública, e que pensamos que farão uma diferença muito grande no futuro em função das contrapartidas que darão ao projeto, e ao atendimento que farão às contrapartidas dos alunos — avaliou.
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