O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), participa na manhã desta sexta-feira (27) de uma reunião com o presidente Lula (PT) e os outros 27 governadores. O encontro ocorre no Palácio do Planalto, em Brasília.

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Na reunião, Jorginho Mello reivindica que o governo federal acelere as obras de duplicação de rodovias federais, especialmente da BR-470, no Vale do Itajaí. Os trabalhos começaram em 2013, mas ainda estão longe da conclusão.

A reivindicação sobre as rodovias vai fazer parte de um documento conjunto feito com os outros dois governadores dos Estados do Sul — Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, e Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul.

Além das rodovias, o documento vai cobrar investimentos e atenção do governo federal em portos, aeroportos e a execução da Nova Ferroeste, ferrovia entre o Paraná e o Mato Grosso do Sul que deve ter um ramal entre as cidades de Cascavel (PR) e Chapecó (SC). A infraestrutura é considerada estratégica para o transporte de insumos para a agroindústria do Oeste de SC.

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Jorginho pede a Lula investimento quase bilionário na infraestrutura de SC

Outra reivindicação de Jorginho Mello a Lula deve ser o abatimento da dívida do Estado com a União referente aos R$ 465 milhões investidos pelo governo catarinense em obras de rodovias federais. A informação já havia sido antecipada pelo governador em entrevista na terça-feira. O pleito foi reforçado em reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), na quinta-feira, mas não deve constar no documento conjunto entre os três Estados do Sul para o presidente Lula.

Outros governadores também devem aproveitar a reunião para apresentar demandas regionais ao novo governo federal. Um dos pedidos dos chefes dos Estados deve ser a recomposição do ICMS sobre combustíveis, que tem causado perdas aos cofres estaduais. O tema, no entanto, não deve estar entre as cobranças feitas para Jorginho ao governo Lula.

Esta é a segunda reunião de Lula com os governadores. A primeira ocorreu de forma emergencial no início do mês, como resposta aos ataques golpistas do dia 8 de janeiro, em gesto encarado como mostra de defesa da democracia. Agora, o governo federal volta a reunir os chefes dos Estados para receber as reivindicações regionais que podem ser incorporadas à condução do novo governo federal.

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