O governador eleito de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), disse ser contra as manifestações feitas em rodovias após o resultado das eleições de 2022. Em entrevista ao Jornal do Almoço, da NSC TV, nesta segunda-feira (31), Jorginho disse “saber da dor que os bolsonaristas estão tendo nesse momento” e que respeita as manifestações, mas afirmou ser “um homem da paz”.
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— Não concordo com manifestação, quebradeira, essas coisas. Acho que não constrói, não vai mudar nada. Se mudasse alguma coisa, mas não vai mudar nada. Sou um homem da paz, prego a paz — afirmou.
Em cerca de 15 minutos de conversa, Jorginho deu as primeiras informações sobre o futuro governo em SC. Disse que os primeiros nomes da equipe de transição devem ser divulgados no fim da tarde desta segunda-feira.
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O governador eleito repetiu o que havia dito na entrevista coletiva após a apuração e disse que só deve divulgar quem serão os futuros secretários a partir de 1º de dezembro. A única informação foi dada ao reafirmar que pastas como Ciência e Tecnologia e Agricultura poderão ter indicações de entidades — Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e cooperativas agrícolas, respectivamente.
Jorginho disse que ainda não conversou com o presidente Bolsonaro após a eleição, mas que pretende consultá-lo nas próximas horas para saber qual será o encaminhamento dele após o resultado da eleição.
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Relacionamento com governo Lula 3
Jorginho disse ser um político que se relaciona “muito fácil com as pessoas” e citou a aproximação que teve com outros presidentes, até mesmo petistas, como Lula e Dilma Rousseff. Afirmou que com Bolsonaro passou a ser “da cozinha”, tendo maior intimidade e sendo parceiro de partido, mas prometeu um bom relacionamento com o governo federal, que será novamente comandado por Lula.
— O relacionamento político precisa ocorrer com grandeza, com diplomacia, de forma republicana. Vou defender Santa Catarina em qualquer terreno. O Estado precisa do governo federal, o governo federal também precisa de Santa Catarina porque somos um Estado importante pelo que produzimos, pelo que arrecadamos. Então, ninguém vive isolado e ninguém vive sozinho. Vou me relacionar republicanamente — destacou.
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