Suspeito de movimentar no Exterior 11 milhões de euros e US$ 1 milhão desviados da Petrobras, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada se negou a depor, quando interrogado pela Polícia Federal hoje, em Curitiba.

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Zelada está preso desde 2 de julho, sob alegação de ter realizado repasses milionários sem o conhecimento das autoridades brasileiras. Conforme rastreamento da PF, ele teria transferido 11 milhões de euros para Mônaco e outro US$ 1 milhão para a China. Algumas movimentações teriam sido feitas após a deflagração da operação Lava-Jato, que apura corrupção na Petrobras. Mesmo calado, ele deve ser indiciado hoje por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado também de vazar informações estratégicas sobre o pré-sal a uma empresa petrolífera.

Zelada comandou a Diretoria Internacional da Petrobras entre 2008 e 2012 e teria recebido propina a partir de contratos de exploração e produção e de navios-sonda. A decisão de ficar em silêncio, de acordo com o advogado que representa Zelada, Renato Moraes, foi tomada porque a defesa não teve tempo hábil para analisar os documentos referentes ao inquérito da 15 ª fase.

O advogado alega que desde 29 de julho foram anexados “inúmeros” documentos ao inquérito da PF e, sem acesso a esses indícios, seria impossível orientar o cliente.

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