O presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, criticou nesta terça-feira a atitude dos governos federal, estadual e municipal no Brasil durante a crise econômica internacional, durante palestra no seminário “Atitudes positivas para enfrentar a crise”, em São Paulo (SP).
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– Não consigo entender o que acontece no governo. O setor privado tem feito um esforço muito grande hoje, tem gente até perdendo emprego. Enquanto isso, no governo existe até greve fazendo pressão – ressaltou o empresário.
A apresentação de Gerdau abriu o primeiro painel do evento, que é realizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) e pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP), do qual também participou o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles.
Em sua palestra, o presidente do Grupo Gerdau citou como exemplo o fato do PIB brasileiro ser formado 40% pelo setor público e 60% pela área privada e, mesmo assim, existir uma diferença tão acentuada de gestão entre as duas esferas num momento de crise mundial como este.
– Não posso aceitar isso. A crise energética, por exemplo, foi causada por falta de governança. Temos que atacar este tema com conceitos modernos de gestão.
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Para Gerdau, há apenas uma exceção na administração pública brasileira: o governo estadual do Espírito Santo.
– Eles baixaram um pacote de medidas preparando-se para a crise”, afirmou, comparando a iniciativa à prática verificada no setor privado. “O que não pode é o setor privado agir de um jeito e o governo de outro – concluiu.
O senador Aloizio Mercadante concordou com Gerdau ao abordar a questão da qualidade e controle dos gastos públicos, mas defendeu o investimento:
– Para sair da crise, o Brasil tem que investir. O PAC (Programa de Aceleração da Economia) não vai parar. Nosso cenário é diferente de outros países. Não devemos importar insegurança, pois nunca tivemos um futuro tão promissor como podemos ter após esta crise.
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O discurso do senador recebeu apoio de Jorge Gerdau:
– Aumentar investimentos é peça-chave. Temos oportunidade de ocupar espaço com a crise.
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