O escritor Jorge Caldeira, de 67 anos, foi eleito nesta quinta-feira (7) para a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras, ocupando o lugar que estava vago desde a morte de Lygia Fagundes Telles, em abril deste ano. Ele recebeu 29 votos e participaram da eleição 33 acadêmicos.
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Doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo, Caldeira é especialista na área econômica e autor, entre outras 20 obras, de “Mauá: Empresário do Império” e de “História da Riqueza no Brasil”. Escreveu ainda livros sobre Diogo Antônio Feijó, José Bonifácio, Noel Rosa, Ronaldo, Guilherme Pompeo e Júlio Mesquita.
“É conhecido também por apresentar a era colonial de forma inovadora, com uma visão diferente da oficial”, afirmou a Academia em nota. “Vem recuperando personagens esquecidos para recontar a história brasileira, por vezes contrariando a historiografia oficial e oferecendo uma nova visão sobre a era colonial no país.”
O crítico literário Silviano Santiago, que tinha status de favorito a ocupar o posto, se retirou da disputa, em escolha de “foro íntimo”, como afirmou à Folha:
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— Achei melhor retirar minha candidatura. Aos 85, me sentia desestimulado e triste. Foi uma decisão de foro íntimo. De mim para comigo.
A saída do crítico da corrida surpreendeu os membros da Academia, em especial porque o prazo para inscrição de candidaturas para a eleição já havia encerrado. Já ocuparam a cadeira 16 o crítico literário Araripe Júnior, Félix Pacheco e Pedro Calmon.
Caldeira também atuou no mercado editorial, como publisher da revista Bravo!, consultor do projeto Brasil 500 anos, da Rede Globo, e editor na Folha e nas revistas IstoÉ e Exame.
Antes dele, o mais recente escolhido para integrar a Academia Brasileira de Letras havia sido o professor catarinense Godofredo de Oliveira Neto, eleito em junho para a vaga do acadêmico Candido Mendes.
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*Reportagem de Vivian Masutt
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