Os torcedores que têm 30 anos de idade ou mais certamente lembram deles. Nardela, maior artilheiro da história do Joinville, e Albeneir, terceiro maior goleador da história do Figueirense, travaram duelos emocionantes na década de 1980.

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Dono de uma habilidade técnica invejável, Nardela era o maestro do JEC, aquele que organizava o time e articulava as principais jogadas de ataque. Costumava fazer muita diferença com a bola nos pés. Albeneir tinha um estilo diferente. De estatura elevada, ganhava os lances pela imposição física e velocidade. Às vezes, substituía a técnica pelo posicionamento certeiro dentro da área.

Neste domingo, na primeira partida da semifinal do Catarinense, Nardela e Albeneir estarão assistindo ao jogo como espectadores. Ambos reconhecem que o Figueirense, campeão dos dois turnos, vive melhor momento, mas ninguém arrisca colocar a equipe da Capital em vantagem.

? Confira os principais lances do confronto a partir das 16h

A história mostra que duelos como este são imprevisíveis. Ídolo da torcida, Albeneir sente uma emoção especial quando enxerga o manto alvinegro. Com passagens por outros clubes, entre os quais o próprio Joinville, foi no Figueirense que Albeneir marcou muitos gols e percebeu que estava em casa.

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Tanto que ainda hoje, aos 56 anos, ele fica com os olhos marejados e as pernas bambas ao ser convidado para falar do ex-clube.

– Vivi momentos incríveis no Figueirense. Fui vaiado, idolatrado, mas nunca deixei de tentar fazer o meu melhor. Por isso sou tão lembrado. É muito gratificante – diz.

Sobre Nardela, rival dentro dos gramados, Albeneir é só elogios:

– Eu vou dizer o que de um cara que marcou 130 gols e é uma figura humana sensacional? Ele merece todo o meu reconhecimento.

A passagem marcante pelo Tricolor também fez de Nardela um ídolo no Joinville. E parte do sucesso dele como jogador se deve aos embates com o Figueirense de Albeneir.

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– Tivemos grandes confrontos em função da rivalidade. O Albeneir era muito difícil de ser marcado, um cara que admiro e respeito muito – diz.

Ídolos do passado que esperam ver um belo espetáculo no presente.