Joinville teve cerca de 85 quilômetros de fios e cabos de cobre furtados desde o início de 2021 até março deste ano, de acordo com dados da Celesc. Segundo a empresa, também são mais de 1 mil boletins de ocorrência registrados no mesmo período.
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Os números foram apresentados pelo supervisor de manutenção da Celesc, Eduardo Witt, durante reunião da comissão de Proteção Civil, na Câmara de Vereadores de Joinville. Os parlamentares convidaram ainda representantes das forças de segurança para discutir o aumento do número de furtos de cabos e fios de cobre.
Apenas em 2021, foram registrados 977 boletins de ocorrência nas delegacias de polícia de Joinville por causa dos furtos de cobre. Segundo a Celesc, foram aproximadamente 65 quilômetros de fios e cabos levados pelos criminosos. Em 2022, até agora foram 156 casos e 20 quilômetros de material furtado.
De acordo com Witt, o prejuízo da Celesc passa de R$ 1 milhão em material e mão de obra por causa dos furtos, além de outros problemas que podem ser gerados para a empresa e a população em geral.
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– Sem falar que quando furtam esses condutores, várias pessoas ficam sem energia em casa. Por consequência, a Celesc deixa de arrecadar também e pode gerar outros prejuízos internos na instalação das pessoas – pontuou.

Dificuldade em manter criminosos presos
Um dos convidados da reunião da comissão foi o comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar de Joinville, tenente-coronel Celso Mlanarczyki Júnior. Ele explicou que os furtos de cabos e fios de cobre não são uma exclusividade da maior cidade do Estado e são registrados em todo o país.
O comandante afirmou que o crime tem uma aplicação da penalidade muito baixa e as pessoas não ficam presas por muito tempo. Levantamento realizado pela Polícia Civil e apresentado pela PM na Câmara mostra que, de 40 pessoas presas em flagrante pelo crime, 29 ficaram detidas por menos de um dia em Joinville.
– A Polícia Militar está fazendo o trabalho de prender, mas o crime de furto e receptação, se não tiver nenhuma qualificadora ou agravante, põe em liberdade essas pessoas e não há o que fazer – apontou o tenente-coronel.
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Celso ainda pediu a colaboração da população para denunciar os locais em que há a receptação dos fios e cabos de cobre furtados. Segundo ele, as pessoas não realizam essas comunicações, como acontece com os crimes de tráfico de drogas, o que dificulta o trabalho da Polícia Militar.
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