A Secretaria da Saúde de Joinville confirmou nesta sexta-feira (7) o segundo caso de dengue autóctone – quando a transmissão acontece dentro da cidade. Um adolescente de 14 anos, irmão da criança de nove anos de idade diagnosticada com a doença na última segunda-feira (3). A família reside no bairro Comasa e não saiu da cidade. Um caso importado da doença foi confirmado em janeiro e outro caso suspeito no bairro Boa vista é investigado.

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— A população deve ficar atenta para os sintomas da doença e procurar uma Unidade de Saúde caso eles apareçam. Os moradores devem vistoriar suas casas e não deixar água parada em nenhum recipiente aberto, além de se protegerem com repelente —, alerta Nicoli dos Anjos, coordenadora do Serviço de Vigilância Ambiental.

Os sintomas da dengue são febre alta, náuseas e vômitos, dor de cabeça e no fundo dos olhos, manchas vermelhas na pele, mal-estar e cansaço extremo, dor abdominal, nos ossos e nas articulações.

Para conter a transmissão da doença, o Serviço de Vigilância Ambiental vai realizar uma ação com a aplicação de adulticida, que combate o mosquito adulto, no quarteirão onde mora a família com as pessoas diagnosticadas com o vírus, no bairro Comasa. A equipe aguarda a parada das chuvas para a atividade.

— As visitas dos agentes de combate a endemia estão sendo intensificadas na região, pois tem registrado um grande número de focos do mosquito Aedes aegypti, além de dois casos da doença — informa Nicoli.

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Uma reunião com as lideranças da comunidade dos bairros Comasa, Espinheiros e Jardim Iririú, em parceria com o Conselho Local de Saúde do Comasa, realizada na noite da última quinta-feira (06/02), definiu um mutirão com o apoio da comunidade, agendado para o dia 15 de fevereiro, em combate ao mosquito Aedes aegypti.

Focos do Aedes aegypt aumentam 162%

Joinville registrou 786 focos do mosquito Aedes aegypti até o dia 05 de fevereiro. O aumento do número de focos do mosquito chega a 162% com relação ao mesmo período do ano passado. Em 2019, até o dia 13 de fevereiro, foram registrados 300 focos do Aedes aegypti.

Nos bairros da região leste, os registros até o momento são alarmantes, principalmente por causa da circulação do vírus na região. No Comasa, 52 focos foram registrados, 64 no Boa Vista, 33 no Espinheiros, 35 no Jardim Iririú, e no Iririú foram encontrados 31 focos.

O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso.

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A fêmea do mosquito também pode depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias. Para quem tem a suspeita de algum foco do mosquito, basta ligar para a Ouvidoria da Prefeitura de Joinville, no telefone 156, e fazer a denúncia.