Joinville superou a marca de 8 mil bolsas de estudos parciais e integrais oferecidas por instituições de ensino superior privadas por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni). Ao todo, foram 8.084 bolsas distribuídas em oito anos para estudantes de escolas públicas com renda familiar inferior a três salários mínimos por pessoa.

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Até agora, este ano já registra o maior volume de bolsas concedidas – 1.696, divididas em dois semestres. Só para a segunda metade do ano, foram 581, o maior índice de Santa Catarina, seguido de Itajaí, com 415.

Na cidade mais populosa do Estado, o número alcançado neste ano foi o maior desde que o programa foi lançado, em 2005, quando foram oferecidas 546 bolsas. Em 2006, o número aumentou para 659 e, no ano seguinte, para 840. Em 2008, caiu para 790. Saltando para 1.102 em 2009. Em 2010, subiu novamente para 1.245 e desceu no ano passado para 1.206. Em 2012, já são quase 1,7 mil. Parte destes 8.084 beneficiados já estão no mercado de trabalho.

Responsável por quase um terço das bolsas distribuídas neste ano, a Universidade da Região de Joinville (Univille) considera compensatório os dois anos em que tem recebido alunos do ProUni. Para a gerente administrativa da Central de Atendimento Acadêmico, Giovana Paula Potrich, tem valido a pena principalmente conceder as bolsas integrais, já que garante a permanência do aluno na instituição.

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No primeiro ano, em 2011, a universidade ofereceu 157 bolsas para sondar a procura. Este ano, foram 459 no primeiro semestre e 32 no segundo. As mais concorridas, segundo Giovana, são dos cursos de medicina, odontologia, direito e administração.

Dos que se inscrevem, 60% são de Joinville, 20% de outras cidades de SC e 20% de outros Estados. A gerente explica que os alunos do ProUni têm sido destaque dentro e fora das salas de aula. Além da participação em classe, estão envolvidos em comitês e dizem estar seguros da área que escolheram como profissão.

O único desapontamento tem sido as bolsas que oferecem descontos parciais, já que muitos alunos se inscrevem, mas não se matriculam. Ou se começam, acabam por desistir do curso em andamento.

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Mesmo assim, a universidade continuará oferendo cerca de 200 bolsas por ano. Mas o ProUni está em terceiro lugar na entidade quando se trata de fomento estudantil. As bolsas internas, que beneficiaram neste ano cerca de 740 alunos estão em primeiro lugar. Além do artigo 170 do governo estadual, que concede descontos de 30% até 70% e ajudam anualmente cerca de 600 estudantes.