Uma meta ambiciosa, mas necessária. Assim está sendo a vacinação contra a febre amarela em Joinville, que pretende imunizar 382 mil pessoas ao longo do ano. O total corresponde ao público-alvo da campanha de vacinação, intensificada neste mês, e reúne joinvilenses dos nove meses aos 59 anos de idade que ainda não tomaram a vacina. Ministrada em dose única e gratuita, ela deve ser tomada em qualquer unidade de saúde básica (UBS) do município e protege para toda a vida.

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149 mil joinvilenses já tomaram a vacina contra a febre amarela em Joinville desde 2017

Na cidade, ela teve ampliação no calendário de vacinação da Secretaria da Saúde como medida preventiva devido ao registro da morte de três macacos e ao menos um caso confirmado da doença em humano no litoral do Paraná. Antonina, a 186 quilômetros de Joinville, decretou estado de emergência em saúde pública por conta da febre amarela. Devido a proximidade de área, que forma o mesmo corredor ecológico ligado ao litoral catarinense, Joinville se antecipou no processo de proteção.

— A febre amarela é considerada erradicada nas áreas urbanas do País desde 1942, e até então a gente tinha o conhecimento de que na região do litoral brasileiro não havia casos de febre amarela, mas isso mudou entre 2016 e 2017. Primeiro acometeu a região do litoral de São Paulo, e por conta desse corredor ecológico veio descendo para a Região Sul, o que mobilizou os gestores e profissionais da saúde de Joinville a ampliarem o calendário e o público de vacinação.

A explicação é do enfermeiro do setor de Imunização da Secretaria da Saúde, Ewerton Rocha, sobre a fronteira entre os dois estados e a extensão da mata atlântica em toda a costa, que faz com que os primatas transitem facilmente nesse ecossistema. O problema está no fato de que “os macacos não transmitem o vírus, mas servem de sentinela para a aproximação da doença (por meio do mosquito transmissor do vírus)”, explica a enfermeira do Centro de Vigilância em Saúde, Sandrine Teuber.

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No intuito de incentivar a população a comparecer aos postos de saúde e fazer a aplicação, os próprios servidores municipais da saúde estão orientando a população sobre a importância de se tomar a vacina (antes o público-alvo se restringia a bebês de nove meses). Ações extramuro estão sendo realizadas em empresas e locais em que há interesse da vacinação em grupos e também algumas das unidades de saúde terão horários diferenciados e atendimento aos sábados para atingir a meta estipulada.

— Estamos unindo esforços e fazendo o possível e o impossível para ter essa capacidade operacional de tentar vacinar essa população (de 300 mil joinvilenses). É importante deixar claro que essa é uma vacina segura e apenas uma a cada cinco milhões de doses pode apresentar algum efeito adverso — afirma Ewerton Rocha.

Para ter acesso à medicação, os adultos devem levar a caderneta de vacinação para conferência na UBS escolhida, uma vez que além de verificar se ele já está ou não imunizado contra a febre amarela, também são indicadas as vacinações contra Sarampo, Hepatite B e Tétano. Para pessoas acima dos 60 anos e acometidas pelo câncer, por exemplo, a vacina só é efetivada com prescrição médica, porque em muitos casos o risco de vacinação contra a febre amarela em condições de vulnerabilidade é maior que o benefício da aplicação.

Ações especiais nas unidades de saúde:

– No, 9 de fevereiro, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Nova, do Distrito Norte, abriu das 8 às 17 horas para vacinação.

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– No Distrito Sul, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Jarivatuba abrirá no dia 16 de fevereiro, das 8 às 12 horas.

– A UBS Floresta também estará aberta no dia 16 de fevereiro, das 8 às 17

– A UBSF Boehmerwald 1 e a UBS Floresta abrirão no dia 23 de fevereiro, sábados, das 8 às 17 horas.

– No dia 23 de fevereiro (sábado), a UBSF Itinga Continental também estará aberta, das 8 às 17 horas, para atendimento voltado à vacina, digitação de Carteira de Vacina e renovação das receitas.

– Em todos os postos de saúde os profissionais também orientam os cidadãos de que atentem não só para a vacina, mas também para que aqueles que moram ou visitam áreas de mata ou rurais, em caso de avistar um primata adoecido ou em óbito, comuniquem de imediato a Vigilância Ambiental de Joinville – (47) 3432-2337.

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