Os casos confirmados de dengue continuam em ascensão em Joinville. Em boletim atualizado nesta quarta-feira (3) pela Secretaria de Saúde de Joinville, o município atingiu 4.849 casos confirmados. Destes, 4.812 pessoas contraíram a dengue na cidade (autóctones). Na última semana, no dia 27 de maio, a cidade tinha 3.280; um crescimento equivalente a 47,8% em sete dias. Ainda em comparação ao mês anterior, na data em que foi divulgado o primeiro boletim de maio, no dia 6, Joinville tinha 1,7 mil casos.
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Os bairros Comasa, Jardim Iririú, Fátima, Jarivatuba e Guanabara são os que mais apresentam casos de dengue. Com relação aos bairros mais infestados pelo Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, estão: Aventureiro (198 focos), Boa Vista (145), Comasa (126), Itaum (122) e Anita Garibaldi (97).
Os mutirões de limpeza em residências e terrenos baldios (por causa do lixo depositado irregularmente) foram intensificados para reduzir a proliferação do mosquito transmissor, principalmente por meio de eliminação dos ovos. Resistentes, os ovos podem durar até um ano antes do surgimento das larvas.
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Joinville é a cidade com mais casos em SC
Joinville tem 70% dos casos de dengue em Santa Catarina. Em todo o estado, já são mais de 5,2 mil casos confirmados em menos de cinco meses em 2020. O número é o maior já registrado pelo Estado em comparação a outros anos em que houve epidemia da doença em SC.
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Dos 5.228 casos confirmados de dengue, 4.871 são considerados autóctones – transmitidos dentro do Estado. O número representa 93% dos diagnósticos. Outros 160 casos da doença são importados, enquanto 92 tiveram o lugar de contaminação indeterminação e 105 ainda têm o local de infecção sob investigação.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a situação de epidemia ocorre quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
O que é dengue?
É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado.
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Sintomas
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC), a febre alta é o primeiro indicador de dengue e aparece associada a demais sintomas. Confira abaixo.
– Febre alta – 39° a 40°C. A febre aparece abruptamente e tem duração de 2 a 7 dias.
– Dor de cabeça.
– Fraqueza.
– Dores: no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
– Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas.
– Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
Orientações
A Dive-SC apresenta uma série de recomendações para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença.
– evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
– guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– mantenha lixeiras tampadas;
– deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
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– plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
– trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– mantenha ralos fechados e desentupidos;
– lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
– retire a água acumulada em lajes;
– dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
– mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
– evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
– denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
– caso apresente sintomas, procure uma unidade de saúde para o atendimento.