Aqueles que estão acostumados com a música alemã conhecem o som deste instrumento. Até para aqueles que não gostam do ritmo, é impossível não balançar ao menos os pés quando há um bandônion na trilha sonora. O instrumento tradicional da cultura germânica é a grande atração da festa que ocorre neste domingo, na Sociedade Rio da Prata, em Pirabeiraba. A 13ª Bandoneon Fest quer reunir não só os músicos da região, mas todos aqueles que se encantam pelo som tão característico deste instrumento.

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Tudo começou em 2001, quando Dionísio Trapp, 52 anos, filho do bandonionista Dorival Trapp, 76 anos, resolveu procurar os instrumentistas da região. O primeiro evento era apenas um encontro, que ocorreu no Salão Jacob. A sociedade não foi suficiente para abrigar tantos visitantes. Tiveram que passar para um salão maior e, na terceira edição, o encontro virou festa, passando definitivamente para a Sociedade Rio da Prata.

Após o surgimento da festa, novos adeptos foram surgindo na família Trapp, como o jovem André Luiz Cruz, 17 anos, que começou a tocar o bandônion por influência do tio e do avô.

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– É um instrumento difícil para se aprender. São muitos botões que ficam ao lado, onde não conseguimos enxergar. E eles têm notas musicais diferentes -, completou Dorival.

Francielle Trapp também arrisca uns acordes.

– Todos os anos, eu aprendo a tocar um pouco mais -, brincou.

Juntaram-se ainda à família Marcos Mueller, 79, e o único professor de bandônion de Joinville, Carlos Otto Reech, 81. Para este ano, a organização prepara grandes novidades. Pela primeira vez, dançarinos do Bolshoi vão se apresentar. Eles fizeram uma coreografia inédita para homenagear aqueles que ainda tocam o bandônion. A apresentação começará às 13 horas. Ainda pela manhã, no início da festa, 24 bandonionistas, entre eles o grupo de organizadores, vão se apresentar.

O evento ainda vai contar com uma exposição de instrumentos e com a presença de músicos argentinos, uruguaios, do Rio Grande do Sul e São Paulo. Para quem quiser arriscar, bandônions também estarão sendo vendidos na festa. O preço é mais salgadinho: de R$ 5 mil a R$ 7 mil.

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O que comer?

Para os apreciadores da gastronomia alemã, a festa ainda vai contar com um almoço delicioso, com o prato principal mais típico possível: marreco recheado, pelo preço de R$ 20 por pessoa, com buffet livre. O churrasco também está garantido no valor de R$18, com acompanhamento de pão e maionese. Durante a tarde, café colonial com cucas e quitutes típicos.

Workshop

Antes da música rolar, no sábado, pela primeira vez, será realizado um Workshop de bandônion. O evento será no Holz Hotel, a partir das 15 horas e é direcionado aos músicos e apreciadores do instrumento.

À frente do workshop estarão os bandoneonista Mauro Monteiro, do Rio Grande do Sul; e Daniel Barrientos, da Argentina – um dos maiores vendedores de bandônion do país vizinho. Eles vão falar sobre a história e a peculiaridade do instrumento, e ainda vão dar dicas sobre sua comercialização.

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– Atualmente, não existem empresas que fabricam o bandônion. É preciso comprar ou mandar trazer de outro país -, observou uma das organizadoras da festa, Francielle Trapp.

O evento será gratuito e não precisa de inscrições, só chegar no local. Mais informações pelo telefone (47) 3439-5071 ou pelo e-mail bandoneonfest@terra.com.br.

Serviço:

O quê: 13ª bandônion Fest

Quando: Domingo, 19 de maio, das 8h30 até 18h30

Onde: Sociedade Rio da Prata, na SC-301, Km 7, em Pirabeiraba – Joinville

Quanto: R$ 12 a entrada. Acima de 60 anos é R$ 6 e criança até dez anos não paga.

Mais informações: (47) 3439-5071 ou www.bandoneonfest.com