O convênio do programa Cidades Irmãs entre Joinville e Schaffhausen, na Suíça, foi renovado nesta terça-feira (11), em cerimônia na Prefeitura de Joinville. Ele vale para o período de 2020 a 2023 e viabiliza intercâmbios entre as duas cidades, tanto entre os moradores quanto para os gestores públicos. Para a assinatura, que ocorreu às 10h30, uma comitiva veio da Suíça acompanhar.

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O programa Cidades Irmãs com Schaffausen foi iniciado em 2007. Desde então, artistas plásticos de Joinville, como Marcos Rück e Paulo Lindner, puderam ir à cidade suíça para produção e exposição de suas obras, da mesma forma que o Quarteto Sambaqui fez em 2018 e o Joinville Quartet em 2015. A Cia. Jovem da Escola Bolshoi Brasil realizou espetáculos em Schaffhausen, em 2013 — e, no ano seguinte, a companhia de dança Cinevox, da cidade irmã, se apresentou no Festival de Dança de Joinville.

— O programa é extremamente importante porque possibilita a cidadãos de Joinville e de suas cidades irmãs realizarem intercâmbios nas mais diversas áreas, seja na educação, na cultura, na economia. Já tivemos muitos resultados que trouxeram, além do conhecimento teórico, a vivência no local, tanto para artistas e músicos da Suíça, por exemplo, que já estiveram aqui, quantos os músicos de Joinville que se apresentaram lá — explica a responsável pelas relações internacionais da Prefeitura de Joinville, Romy Durzinger.

Conheça as cidades irmãs de Joinville e o que o programa oferece

No convênio assinado nesta terça-feira, foram elencadas as prioridades para este programa no período 2020-2023: cultura; educação e documentos; esporte; e economia e meio ambiente.

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— Acho que estes intercâmbios são interessantes no nível artístico, mas também pode ser no nível técnico. Por isso, a renovação deste intercâmbio é importante novamente. No nível da educação, já tivemos intercâmbios de escolas da Suíça que vieram a Joinville. Infelizmente, estas iniciativas não tiveram continuidade com os mais novos — afirma o suíço Peter Baumer, que integra a Associação dos Parceiros Schaffhausen-Joinville (APSJ).

Na comitiva suíça que veio a Joinville estão o governador do Cantão de Schaffhausen , Martin Kessler; o coordenador de Relações Internacionais, Emanuel Gyger; o prefeito de Schaffhausen, Peter Neukomm; o vereador Markus Müller; a presidente da Associação dos Parceiros Schaffhausen-Joinville (APSJ), Jeanette Grüninger; além dos diretores e membro da APSJ, Willi Bächtold e Bernhard Meister.

Também participaram da visita o cônsul-geral da Suíça em São Paulo, Urs Brönnimann, e o cônsul honorário da Suíça em Santa Catarina, Luiz Gonzaga Coelho.

Entenda o programa Cidades Irmãs

A "irmanação" de duas cidades ocorre para troca de experiências e investimentos em projetos e em intercâmbio de estudantes e empresários. Para que duas cidades tornem-se "irmãs", ela têm semelhanças, como tamanho ou número de habitantes, ou perfis econômicos iguais; ou, ainda, ligação por fatos e dados históricos.

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No caso de Joinville e Schaffhausen, este último elemento é que faz com elas seja irmãs há 13 anos. Schaffahausen é uma cidade pequena, com apenas 37 mil habitantes, e foi fundada há pelo menos mil anos. Nos anos 1850, sua população era de 1.300 pessoas e, para aquele momento histórico, de crise econômica na Europa, era um número alto demais para um povoado rural. Por isso, seus moradores começaram a deixar a Europa, e foi assim que a maior parte dos 80 suíços que partiram da Europa rumo a Joinville no início de 1851 eram moradores de Schaffhausen.